Os juros da dívida espanhola a 10 anos atingiram esta terça-feira o valor mais elevado desde a entrada do país na Zona Euro. O novo recorde implica taxas proibitivas para o refinanciamento do Estado e um aumento mecânico da dívida soberana.
Razão suficiente para reforçar as apreensões dos mercados, que se perguntam qual é o fundo europeu que vai emitir novos títulos para recapitalizar a banca espanhola.
O ministro espanhol das Finanças diz que “são momentos de grande tensão, mas o governo de Madrid e os outros governos da Zona Euro sabem perfeitamente o que querem fazer”.
Apesar do anúncio, no domingo, do resgate à banca espanhola, a agência de notação financeira Fitch cortou, nos últimos dois dias, a nota do crédito a longo prazo de 20 bancos do país.
Os receios de contágio alastram-se a Itália, enquanto na Grécia – a poucos dias das novas legislativas – o líder da coligação de esquerda Syriza garante que pretende renegociar as condições do plano de resgate a Atenas, sublinhando que a Espanha conseguiu obter melhores condições que o seu país.
Responsáveis financeiros em Bruxelas admitem que a Zona Euro está a estudar como reagir à eventual saída da Grécia, equacionando nomeadamente os planos a pôr em prática para proteger os capitais.
Fonte: Euronews