François Hollande e Mariano Rajoy colocaram esta quarta-feira pressão no executivo de Merkel para que se junte à proposta de uma união e fiscalização bancária na zona euro até ao fim de 2012.
A tomada de posição conjunta dos dois líderes europeus contraria o que é defendido pela Alemanha: união bancária, sim, mas não já no início de 2013. Michael Link, o ministro alemão da Europa, afirmou, no início de Outubro, que, “com toda a certeza”, o regime não entrará em funcionamento em Janeiro de 2013.
O primeiro-ministro espanhol falava lado-a-lado com o seu homólogo francês, quando afirmou que era necessário fazer cumprir uma união bancária da zona euro, cujos princípios foram acordados em Junho pelo eurogrupo e que deveria entrar em funcionamento no início de 2013. “Até ao final do ano, temos que ter dado passos sobretudo na união e supervisão bancária”, afirmou Rajoy.
A ideia da união bancária na zona euro é colocar a fiscalização dos cerca de 6000 bancos da região sob a égide do Banco Central Europeu. A medida foi proposta em Junho na reunião dos ministros das finanças da zona euro e reiterada pelo presidente do BCE, Mario Draghi, quando este anunciou o novo mecanismo de compra ilimitada de dívida aos países socorridos.
François Hollande assegurou, por sua vez, que o BCE deve assumir o papel de fiscalizador bancário da zona euro e, depois, devem ser “superadas outras etapas na união bancária”, escreve o diário espanhol Expansión.
Na semana passada, o primeiro-ministro francês já tinha considerado “muito importante fazer convergir as posições sobre a união bancária”. Hollande quer que os países da zona euro encontrem um terreno comum neste tema antes do próximo Conselho Europeu dos dias 18 e 19 de Outubro, em Bruxelas.
Rajoy e Hollade reuniram-se hoje em Paris para celebrar uma cimeira bilateral e reforçar a cooperação entre os dois países.
FONTE: Público
