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    Energia de Capanda chega com perdas

    A energia recebida da barragem hidroeléctrica de Capanda, de 20 MVA, pela cidade de Malange, já não corresponde às necessidades dos consumidores, afirmou o director provincial da Unidade de Negócios de Distribuição e Comercialização da Empresa Nacional de Electricidade (ENE).
    Manuel Bernardo considera que a fornecimento de Capanda à cidade de Malange perde, a partir da barragem, dois MVA e mais um em Cacuso, totalizando apenas 17 MVA para a cidade.
    Em função da incapacidade que se começa a verificar, estão já a ser feitas algumas restrições, um processo ainda não muito visível, mas que começou a ser posto em andamento há um mês, garantindo o director provincial da ENE que vai ser levado a cabo de forma gradual.
    A situação, segundo explicou, deriva do facto de existirem clientes com um consumo bastante alto, devido à compra de mais electrodomésticos e lâmpadas, além de mais casas construídas, o que, de certo modo, aumenta grandemente o volume da carga. Nas horas de ponta – entre as 13 e 14 horas – a sobrecarga faz disparar os disjuntores da subestação, ficando a cidade às escuras por uns minutos até que voltem a ser ligados.
    Para resolver a situação, tendo em conta o actual perfil dos consumidores, o director da ENE disse que a província precisa de 80 ou 100 MVA e de aumentar dois transformadores nas subestações de Malange e Capopa, contando já com a nova rede que se pretende instalar a nível da região.
    O aumento da capacidade de energia para a cidade de Malange tem a ver com os futuros investimentos no ramo empresarial. “Os empresários vão ter o seu problema resolvido logo que se verifique o aumento da potência”, esclareceu. O responsável da ENE em Malange garantiu que os clientes residentes em zonas cinzentas, não abrangidos pelo projecto da nova rede de iluminação, vão ser contemplados dentro da segunda fase do projecto da empresa Chinohidro.
    Nesse âmbito, têm sido realizados encontros entre o governo da província e representantes da referida empresa chinesa, para analisar o andamento da situação.

    Na segunda semana deste mês, foi apresentado o quadro da ENE-Malange, estando neste momento em curso as obras, que devem terminar em Dezembro.

    Finanças registam subida

    O movimento financeiro da empresa conheceu uma subida considerável, em termos de cobrança, durante o mês de Junho, se comparado aos primeiros cinco meses do ano, disse Manuel Bernardo. Durante o mês de Junho, foi arrecadado um valor na ordem dos 35 milhões de kwanzas, contra os 13 milhões cobrados em Fevereiro e Abril.
    Este montante só foi possível graças à “salvação da crise”, que se consubstanciou na criação de um sistema de trabalhadores ambulantes, aos quais a ENE paga 500 kwanzas por dia, pela prestação do serviço. Estes trabalhadores, em número de 50, fazem o acompanhamento da fiscalização dos cortes aos devedores, actividade que era feita por apenas oito fiscais da empresa, cinco dos quais já com idades avançadas.
    Apesar desta melhoria, Manuel Bernardo acredita que a situação vai continuar a evoluir positivamente, estando em curso a instalação de contadores, o que permitirá acabar com as cobranças por avença. Este sistema, acrescentou, vai levar cerca de seis meses, estando a empresa a montar uma média de 30 contadores por dia, dos quatro mil previstos.
    Para esta empreitada, a ENE vai contar com a prestação de trabalhadores desempregados que estão a ser reaproveitados para a montagem dos quadros.
    Em Malange, a Empres Nacional de Electricidade possui 18.495 clientes, dos quais 5.120 já se encontram inseridos no novo sistema incrementado pela empresa. Apesar disso, há ainda um grande número de clientes residentes em prédios sem os respectivos contratos, para além de outras centenas de pessoas que consomem energia não cobrada.
    Para evitar tais comportamentos, Manuel Bernardo anunciou que vão ser colocados, em breve, contadores pré pagos, mas que apenas serão ligados à nova rede caso os consumidores paguem as dívidas anteriores.

     

     

    Fonte: Jornal de Angola

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