A República Federativa do Brasil é a convidada especial da 28º edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA 2011), que hoje entra no seu quarto dia. O principal parceiro comercial angolano no continente africano está representado por 34 empresas dos sectores de alimentos e bebidas, de imóveis e construção civil e de máquinas e equipamentos.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) ocupa-se da organização do pavilhão brasileiro.
A embaixadora do Brasil, Ana Lucy Petersen, e o director de Negócios da Apex-Brasil, Rogério Bellini, realçaram ontem, na FILDA, a participação do seu país no certame, na presença de expositores de outros países e do corpo diplomático.
“A maioria das empresas brasileiras está aqui por causa de iniciativas estruturadas pela Agência no Brasil, com base na inteligência comercial e na priorização de mercados”, explicou Rogério Bellini.
Algumas dessas empresas estão pela primeira vez na FILDA e esta é uma boa oportunidade para os brasileiros se inserirem no mercado angolano, que continua a ser prioritário para o Brasil.
A empresa Holec Indústrias Eléctricas S.A., de São Paulo, participa na FILDA pela primeira vez. O empresário Nilson Kasita admite a possibilidade de assinar contratos com empresas locais.
Até finais de Abril, a empresa exportava indirectamente para o mercado angolano, por meio de um fornecedor de uma multinacional de construção civil. Porém, o empresário garantiu que “aqui, na FILDA, tenho a oportunidade de oferecer o meu produto directamente a um comprador potencial”.
Para Carolina Bergamaschi, coordenadora de exportações da IntelCav, empresa do Rio Grande do Sul, “a FILDA 2011 pode ser o caminho mais curto para ampliar os negócios em Angola”. A empresa tem capacidade para produzir mensalmente 15 milhões de cartões bancários e de telefonia móvel, e passes de autocarro.
Somente em Junho passado, esta empresa, que já tem negócios no país, forneceu a um cliente angolano 100 mil cartões bancários.
“Recebemos o convite da Apex-Brasil e decidimos participar na FILDA, porque existem muitas possibilidades de negócio para o nosso produto”, explicou Carolina Bergamaschi.
O Brasil participa na FILDA desde 2003. No ano passado, o volume de negócios realizados no certame cifrou-se em 50 milhões de dólares norte-americanos. O pavilhão brasileiro recebeu cerca de 20 mil visitantes, posicionando-se, no final do evento, em segundo lugar, depois de Portugal.
in JA