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    Empresas angolanas estão à frente da compra de activos em Portugal

    Empresas angolanas são apontadas entre as interessadas na aquisição de activos que o Estado português está obrigado a privatizar

    Empresas angolanas e brasileiras estão a “seguir de perto” o processo de privatização das participações do Estado português em algumas “empresas estratégicas” daquele país europeu, acaba de noticiar a prestigiada revista “Newsweek”.
    Citando Walter Molano, um analista norte-americano de mercados emergentes na BCP Securities, a atenção de companhias angolanas e brasileiras recai sobre activos empresariais dos transportes aéreos e de energia.
    “Brasil e Angola sempre foram países ricos em recursos naturais. Mas agora que são financeiramente independentes com moedas fortes, são suficientemente ricos para investir na antiga potência colonial”, afirmou Walter Molano.
    As primeiras empresas portuguesas a terem a participação estatal alienada são a EDP–Energias de Portugal, Galp Energia e REN–Redes Energéticas Nacionais.
    O programa de privatizações do governo português parte do pacote de reformas negociado por Portugal com o Fundo Monetário Internacional e a União Europeia e prevê para 2012 a venda da TAP–Air Portugal e a Águas de Portugal.
    Falando recentemente na abertura do Sexto Encontro de Negócios Brasil-Portugal, no Rio de Janeiro, o ministro da Economia de Portugal, Álvaro Santos Pereira, fez um apelo ao investimento no programa, “uma boa oportunidade” para as empresas brasileiras.
    Uma das empresas que têm vindo a seguir de perto o programa é a Eletrobras que, de acordo com a imprensa brasileira, está interessada numa participação no capital social da EDP–Energias de Portugal, no âmbito do seu processo de internacionalização.

    Com um crescimento económico próximo de 3,5 por cento, o Brasil é hoje a sétima maior economia do mundo, enquanto Portugal é apenas a 38ª economia.
    Angola, por seu lado, é hoje o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana e deve registar este ano, segundo o FMI, um crescimento económico de 10,8 por cento.
    A “Newsweek” cita o ministro de Estado e chefe da Casa Civil da Presidência de Angola, Carlos Feijó, a afirmar que o Executivo está a analisar “em profundidade” a possível participação no programa português de privatizações.
    “Estudámos em pormenor o programa que a ‘troika’ negociou com o Governo português, o programa de governo do partido que venceu as eleições e o programa de privatizações que Portugal pretende executar num curto período de tempo”, recorda a publicação, citando o responsável angolano. A agência “Macauhub”, do território chinês de Macau, faz eco destes factos, apontando o facto de o Banco BIC ter concluído recentemente a aquisição do Banco Português de Negócios, por uma fracção dos 180 milhões de euros que o governo português pretendia.
    Esta última fonte afirma que empresas angolanas têm vindo a investir também no sector da construção e imobiliário e até em fabricantes de mobiliário.
    No caso do Brasil, a principal aquisição foi a da maioria do capital da Cimentos de Portugal (Cimpor) pelos grupos de construção civil Camargo Corrêa e Votorantim.

     

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: DR

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