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    Emirados Árabes Unidos reforça controle de corredores logísticos em Africa, num acordo controverso com a Tanzânia

    Um acordo entre o governo da Tanzânia e o gigante logístico dos Emirados Árabes Unidos DP World está a provocar a ira pública no país da África Oriental, o que poderá inviabilizar a agenda da Presidente Samia Suluhu Hassan.

    Através do acordo, a Tanzânia coloca os seus portos sob gestão concessional e investimento associado nos seus corredores logísticos, o que suscitou uma onda de críticas.

    Os portos da Tanzânia constituem uma peça-chave da infra-estrutura da região, uma vez que servem os países do interior, incluindo o Uganda, o Ruanda, o Burundi, a Zâmbia e a RD Congo.

    A Tanzânia está actualmente a construir ligações ferroviárias que constituirão uma porta de entrada logística dos portos para os países vizinhos, mercados pelos quais compete com o porto de Mombaça, no Quénia, actualmente o maior da África Oriental.

    Em Junho passado, o parlamento da Tanzânia adoptou um quadro para a sua implementação na capital política do país, Dodoma. Desde então, a controvérsia tem rodeado o acordo, com detratores alegando falta de transparência, dizendo que o acordo foi distorcido em favor da DP World.

    O acordo, oficialmente estruturado como um acordo de parceria intergovernamental, nunca foi tornado público, mas o texto dos pactos pretendidos vazou ao público. Isto inclui o controverso Artigo 23 sobre duração e rescisão, segundo o qual a duração do acordo é vagamente enquadrada como até à ‘cessação permanente das actividades do projecto’ ou acordos subsequentes.

    A estratégia da DP World parece uma aquisição de todos os recursos logísticos marítimos africanos e dita os termos e exclui a concorrência com Dubai na construção de capacidade de transbordo

    A DP World opera nove portos e corredores logísticos em oito países africanos, Africa do Sul, Argélia, Angola, Egipto, Moçambique, Ruanda, Senegal, Somalilândia, e Tanzânia.

    Cerca de 90% de todas as mercadorias que entram e saem de África passam por um porto e um corredor comercial terrestre. Segundo analistas, os corredores de África crescerão em média 8% ao ano em termos de valor transportado. Isso significa uma oportunidade de criar uma “formidável força conjunta” para a DP World.

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