A recandidatura de Pedro de Godinho (presidente cessante) e a candidatura de Braúlio de Brito (antigo praticante) agitam as eleições na Federação Angolana de Andebol ainda sem datas marcadas. O silêncio da comissão eleitoral liderada por José Cardoso quanto à marcação do escrutínio preocupa os associados.
Agentes da modalidade mostraram-se desapontados ontem em entrevista ao Jornal de Angola. Os adeptos do andebol esperam que a comissão nacional eleitoral se pronuncie sobre a realização do escrutínio, para permitir que os candidatos passem a mensagem ao eleitorado.
Moisés Diogo, professor de andebol discorda do silêncio da comissão eleitoral, adiantando que este impasse retira a seriedade do processo. “Queremos um processo democrático e transparente. É hora da comissão eleitoral indicar a data para o acto eleitoral”, disse.
O antigo treinador do Vitória do Sambizanga sublinhou que o processo eleitoral só tem impacto quando aparecem vários pretendentes ao cargo. “O principal objectivo é ver a modalidade a desenvolver-se. Não nos revemos neste ou naquele candidato. Nós queremos que o andebol cresça para que tenhamos selecções fortes em todos os escalões”, salientou.
Sobre a candidatura de Braúlio de Brito, Moisés Diogo referiu que é amante da modalidade. “Já foi vice-presidente para o andebol do Petro de Luanda e representou diversas vezes as selecções nacionais”, disse, acrescentando que, para atingir a presidência da Federação Angolana de Andebol tem de convencer o eleitorado de que está capacitado.
“Defendemos o melhor programa. Tivemos a oportunidade de acompanhar o programa dos dois candidatos. As intenções são boas.Vamos aguardar pelo decorrer do processo”, frisou.
O ex-treinador do Sporting de Luanda e Kabuscorp do Palanca, José Augusto, disse que espera um processo concorrido, pois os dois candidatos reúnem perfil para assumirem a presidência da federação.
“A decisão de colocar um dos candidatos no cargo passa pelos associados. O acto é aguardado com grande expectativa. Prevê-se disputa renhida para chegar ao cadeirão máximo. Tudo está dependente dos homens ligados a modalidade. Esses é que vão decidir em quem apostar”, acrescentou.
Desde a fundação da Federação Angolana de Andebol, em 1974, estiveram na presidência da instituição Francisco de Almeida (pai de Pina de Almeida), Hélder Moura “Dedé”, Juca Figueiredo, José Cardoso de Lima (actual secretário-geral da FAF), Archer Mangueira e Pedro Godinho.
Fonte: JA