Os partidos islâmicos que dominam o parlamento egípcio denunciam um golpe de Estado. Esta quinta-feira, o tribunal constitucional autorizou o último primeiro-ministro de Mubarak, Ahmed Shafik, de se apresentar na segunda volta das presidenciais, no próximo fim de semana.
“A era dos arranjos eleitorais terminou, assim como o tempo em que se faziam leis individuais ou que se utilizavam os recursos do Estado em proveito de um grupo e em detrimento de uma pessoa ou de outro grupo” – declarou o candidato que desempenhou altos cargos no regime deposto.
O tribunal constitucional também invalidou a eleição de um terço dos deputados da câmara baixa do parlamento, o que equivale a dissolver a assembleia.
O candidato da irmandade muçulmana às presidenciais, Mohamed Morsy, lançou o aviso: “as eleições vão estar sob vigilância apertada e se forem detetadas fraudes a consequência será uma revolução contra aqueles que protegem os criminosos. Uma revolução até serem alcançados os objetivos da revolução de 25 de janeiro.”
O enviado da euronews ao Cairo, Riad Muasses, resume a situação:
“A decisão do tribunal constitucional de dissolver um terço da assembleia atinge igualmente a câmara alta. As duas câmaras vão estar bloqueadas na véspera das eleições presidenciais o que agudiza a crise política no Egito.”
Fonte: EURONEWS