Dois cidadãos iranianos foram acusados de envolvimento na série de ataques à bomba ocorridos na terça-feira, em Banguecoque, capital da Tailândia, num caso que os serviços secretos do país classificam como uma “conspiração contra diplomatas israelitas”, na esteira de ataques antes verificados na Índia e na Geórgia.
Os dois suspeitos, incluindo um dos alegados bombistas que perdeu as pernas numa das explosões e foi identificado como Said Morati, de 28 anos, foram ambos detidos ainda na véspera num dos locais atacados, num bairro residencial no coração da capital tailandesa.
Ambos estão acusados de provocarem “explosão ilegal num local público” e “tentativa de homicídio de agentes da polícia”, foi precisado pelo ministro tailandês dos Negócios Estrangeiros, Surapong Tovichakchaikul.
O chefe da diplomacia tailandesa recusou classificar os ataques como um acto terrorista, mas reconheceu que foram “semelhantes” ao que ocorrera na segunda-feira em Nova Deli, em que ficou ferida a mulher de um diplomata israelita, e a tentativa falhada registada naquele mesmo dia em Tbilissi, capital da Geórgia.
Fonte dos serviços secretos tailandeses foi mesmo mais longe, avançando, em declarações sob anonimato à agência noticiosa AFP, que o grupo de bombistas era composto por três iranianos, descrevendo-o como uma “equipa de assassinos” que visavam directamente “diplomatas de Israel no país, incluindo o embaixador”. “O plano deles era pôr uma bomba num carro diplomático”, asseverou.
O Governo de Telavive já ontem acusara o Irão nestes atentados, ligando todos os atentados da Tailândia, Índia e Geórgia. “A tentativa de ataque em Banguecoque prova uma vez mais que o Irão e os seus aliados continuam a agir com recurso ao terrorismo”, acusou o ministro israelita da Defesa, Ehud Barak.
Fonte: Publico