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    Director Nacional das Actividades Económicas denuncia existência de empresas criadas para lavagem de dinheiro

    O director nacional de Inspecção e Investigação das Actividades Económicas, Alexandre Canelas, denunciou quarta-feira, em Luanda, que existem no país empresas que foram constituídas para facilitar o branqueamento de capitais.

    Alexandre Canelas, que fez a afirmação quando dissertava sobre o tema “A prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo”, numa palestra que decorreu na União dos Escritores Angolanos, disse que as empresas mais propensas ao branqueamento de capitais no país são as do ramo imobiliário e as de construção civil.
    Alexandre Canelas disse que o branqueamento de capitais ocorre através de práticas que têm por finalidade dissimular ou esconder a origem ilícita de determinados valores financeiros ou bens patrimoniais, para que tais valores ou bens aparentem uma origem lícita ou a que, pelo menos, a origem ilícita seja difícil de demonstrar ou provar. O objectivo do branqueamento de capitais, segundo o director nacional de Inspecção e Investigação das Actividades Económicas, não é o lucro, mas a dissimulação da origem ilícita dos valores. Alexandre Canelas esclareceu que o branqueamento de capitais tem três fases: colocação, ocultação e integração. Os autores introduzem dinheiro ilícito no sistema financeiro, através de depósitos em bancos comerciais ou da compra de imóveis – fase de colocação.
    Na fase de ocultação, esses valores são transferidos sistematicamente entre contas ou entre aplicações, de modo a concentrar valores. Na terceira fase, segundo o director nacional de Inspecção e Investigação das Actividades Económicas, os valores são introduzidos na economia formal sob a forma de investimentos.
    Alexandre Canelas disse que o branqueamento de capitais é um problema socioeconómico que deve preocupar todos os países e que tem atingido, nos últimos tempos, proporções que merecem cada vez mais a atenção das autoridades policiais. Por isso, frisou, alguns países decidiram combater o branqueamento de capitais em conjunto, criando instituições internacionais para acompanhar todo o movimento financeiro.

    Resposta internacional

    O director nacional de Inspecção e Investigação das Actividades Económicas esclareceu que a organização que vela pelo movimento financeiro mundial é o Grupo de Acção Financeira sobre o Branqueamento de Capitais (GAFI), cujo objectivo é desenvolver e promover uma resposta internacional para combater o branqueamento de capitais.
    Esta instituição foi constituída por iniciativa do grupo de países mais ricos do mundo.
    Alexandre Canelas garantiu que a Direcção Nacional de Inspecção e Investigação das Actividades Económicas (DNIIAE) possui mecanismos para fiscalizar todas as actividades inerentes ao seu sector.
    A Direcção Nacional foi fundada a 18 de Setembro de 1981. Tem competência de prevenir e combater os crimes contra a economia e contra a saúde pública, bem como investigação, fiscalização das actividades económicas, as fraudes financeiras e desvios de fundos, entre outros.

    FONTE: JA

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