Nhârea – As autoridades sanitárias do município de Nhârea, na província do Bié, diagnosticaram no primeiro trimestre deste ano sessenta novos casos de oncorsecose.A informação foi dada a conhecer, nesta terça-feira, pelo chefe de repartição municipal da saúde, Alberto Sacondobolo, ao sublinhar que as autoridades têm a situação controlada com a entrega de medicamentos às populações afectadas.
Referiu que a doença foi diagnosticada maioritariamente nas localidades de Cangologolo, Caála e na comuna sede, tendo realçado que, desde a implementação dos serviços municipalizados pelo governo central e, consequentemente provincial, tem sido possível controlar a situação, uma vez que, os medicamentos adquiridos pelo sector chegam sem sobressaltos aos doentes afectados.
Alberto Sacondobolo disse que comparativamente ao ano de 2010, onde foram diagnosticados 186 casos da doença, houve uma diminuição este ano (60), dada a aquisição de medicamentos, associado aos conselhos realizados junto das comunidades sobre os cuidados preventivos.
Informou que os homens, com idades compreendidas entre os 20 e 60 anos de idade são os mais afectados, e que a doença atinge predominantemente a população que vive nas bermas de rios e riachos, local onde habita o mosquito causador da doença.
O chefe da repartição municipal da saúde em Nhârea apelou aos aldeões que vivem nas margens dos rios, no sentido de usarem roupas compridas para se evitar que o mosquito causador da doença pique no homem.
A oncocercose, também chamada “cegueira dos rios” ou “mal do garimpeiro”, é uma doença parasitária causada pelo nematóide Onchocerca volvulus.
As formas adultas parasitam o ser humano, alojando-se em nódulos no tecido conjuntivo, por baixo da pele, formando o oncocercoma.
No local, eles se reproduzem sexualmente durante até quinze anos gerando inúmeras larvas minúsculas ou microfilárias, quase invisíveis a olho nú.
Fonte: Angop
