O Museu do Prado, em Madrid, anunciou esta quarta-feira a descoberta de uma cópia do famoso quadro de Leonardo da Vinci, “Mona Lisa”, que terá sido pintado na mesma altura que o original por um dos pupilos preferidos do pintor, Andrea Salai (amante de Leonardo) ou Francesco Melzi. Esta é a cópia mais antiga de sempre da obra de arte.
Segundo o The Art Newspaper, este quadro agora descoberto terá sido pintado lado a lado com Leonardo da Vinci.
O mau estado de conservação da obra, há muitos anos guardada nos armazéns do museu espanhol, escondiam os verdadeiros traços da pintura. Razão pela qual o Prado nunca deu especial importância, apontando o quadro como mais uma cópia banal da obra-prima de Leonardo da Vinci, exposta em Paris, no Museu do Louvre.
Desde sempre que existem numerosas réplicas da obra de Leonardo da Vinci, dos séculos XVI e XVII são conhecidos dezenas de exemplares, e por isso nunca foi dada importância à copia de Madrid. Sabia-se que tinha sido pintada muito cedo mas a ausência de fundo, fez com a obra nunca fosse verdadeiramente considerada.
A descoberta bombástica aconteceu depois de uma grande intervenção de restauro na obra, que recuperou os traços e as cores originais, provando que o que aparentemente era uma cópia feita depois da morte do mestre do renascimento, é afinal um quadro pintado por um dos seguidores de Leonardo da Vinci.
Incrivelmente, antes do restauro a obra aparentava ter um fundo negro, mas depois da intervenção dos peritos de conservação, a obra ganhou um fundo em tudo idêntico ao quadro original.
Tanto os investigadores do Museu do Prado como do Museu do Louvre já confirmaram a autenticidade desta obra, considerando esta descoberta como uma das mais importantes de sempre da história da arte.
Com esta revelação, surgem agora novas teorias sobre a icónica musa de sorriso enigmático de Leonardo da Vinci, uma vez que a obra original, exposta ao público em Paris, sob grande protecção. Contrastando com os traços mais amarelados, marcas da passagem do tempo, a réplica da Mona Lisa, mostra agora uma modelo aparentemente mais jovem.
Fonte: Publico
Salai poderia ser amante de Leonardo, no entanto essa tese não está demonstrada e tem sido motivo de profundo debate entre os especialistas. A ler um Livro da psicóloga Catarina Bray Pinheiro, na Colibri, sobre o assunto com uma abordagem psicanalítica de Leonardo. Afirmar peremptoriamente que Salai era amante de Leonardo é gratuito e grosseiro. A “jornalista” depois afirma que “a tela do quadro seria de carvalho”, vejamos: tela é isso mesmo: tela, é um tecido. O queria dizer era “suporte da pintura”.