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    Desactivada produção de petróleo em concessão de águas profundas

    A Esso Exploration Angola Limited, um dos operadores do Bloco 15, com 40 por cento de participação, anunciou, em relatório a que o Jornal de Angola teve ontem acesso, o fim da exploração do campo petrolífero Xikomba, no decurso do primeiro semestre do ano em curso.
    O campo Xicomba, situado a 145 quilómetros da costa angolana, a 1.355 metros de profundidade de água, foi a primeira instalação de produção operada pela ESSO no Bloco 15 e, segundo essa petrolífera, é o primeiro projecto em águas profundas a ser desactivado em Angola.
    Durante o seu ciclo de vida, o Xikomba recuperou perto de 100 milhões de barris de petróleo bruto de alta qualidade, tendo alcançado, em 2004, uma produção de cerca de 90 mil barris de petróleo por dia. O Campo Xikomba utilizou a tecnologia do sistema preliminar de produção ExxonMobil. Os associados do Bloco 15, de quem é concessionária a Sonangol EP, são, além da Esso, a BP Exploration Angola Limited (26,67 por cento), a ENI Angola Exploration BV (20 por cento) e a Statoil Angola AS (13,33 por cento).
    O desenvolvimento e a operação do campo Xikomba, como primeiro bem patrimonial de produção do Bloco 15 de Angola, serviu de base para vários outros projectos de desenvolvimento bem sucedidos do Bloco 15, contribuindo para que esse fosse o maior bloco de produção de Angola em águas profundas.
    Em Novembro de 2003, o projecto de desenvolvimento Xikomba tornou-se no primeiro campo a produzir no Bloco 15, através da aplicação de um sistema de produção preliminar (SPP), que permitiu dar início à produção antes do arranque do projecto de classe mundial Kizomba A, em 2004. O projecto de desenvolvimento do Xikomba também serviu como base de formação para vários técnicos angolanos na zona marítima que posteriormente passaram a operar nos projectos de desenvolvimento do Kizomba.
    O modelo de simulação inicial e o plano de depleção do projecto Xikomba previam a cessação da produção para Outubro de 2010.De acordo com o referido plano, foram envidados esforços, no sentido de se dar fim ao Campo Xikomba no segundo trimestre de 2011 e prosseguir a sua desactivação em conformidade com os regulamentos vigentes em Angola, com as normas internacionais e com as melhores práticas da indústria.
    O relatório avança que as operações do Xikomba beneficiaram o país através da produção e distribuição de petróleo à Sonangol, das receitas fiscais, das oportunidades de emprego e de formação para angolanos, bem como mediante o desenvolvimento de capacidades para apoiar a indústria de petróleo e gás em Angola e das infra-estruturas locais.

    O projecto Xikomba ofereceu uma oportunidade de aumento das capacidades de produção local, através da execução de um contrato de operação do Navio Flutuante de Produção, Armazenamento e Descarga (FPSO) Xikomba, assim como prestou apoio adicional aos empreiteiros locais, através do contrato de aluguer do FPSO e outros serviços que foram necessários durante o tempo de vida do campo.
    O campo Xikomba foi desenvolvido através de um sistema de produção avançada (SPA) e um FPSO convertido em grandes navios petrolíferos (VLCC). Na altura, este foi o terceiro projecto de desenvolvimento de SPA da ExxonMobil na África Ocidental, que possibilitou o início mais rápido da produção do que a da maioria dos sistemas de desenvolvimento em águas profundas.
    O relatório da Esso Exploration Angola, diz que desde o seu arranque, em Novembro de 2003, o desempenho do Campo Xikomba tem estado em alinhamento com as expectativas iniciais reflectidas no plano de depleção.

    Fonte: Jornal de Angola

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