
São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial vão tentar formalizar, em dezembro, «a proposta para a constituição de uma parceria para a exploração de petróleo na fronteira marítima comum entre os dois países», afirmou, na capital São Tomé, o primeiro-ministro são-tomense Patrice Trovoada.
No final de um encontro com o presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que efetuou uma visita oficial ao arquipélago, Patrice Trovoada anunciou a constituição de uma comissão mista e adiantou que, em dezembro, terá lugar uma reunião em Malabo, capital da Guiné Equatorial, «para que se possam dar passos firmes» para a criação da parceria.
EMPRESA CHINESA VAI CONSTRUIR PORTO DE ÁGUAS PROFUNDAS EM FERNÃO DIAS
A empresa não adiantou em quanto está avaliado o empreendimento, que deverá estar concluído em 2019.
A CHEC, subsidiária da empresa estatal China Communications Construction Company Ltd, é uma das maiores construtoras do mundo.
«A ERHC transferiu para a Kosmos Energy 100 por cento dos direitos, interesses, responsabilidades e obrigações emergentes do contrato de partilha de produção no bloco 11 da Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe», lê-se no comunicado assinado pelo diretor Orlando Sousa Pontes, citado pela STP-Press .
A Kosmos Energy é uma empresa independente de exploração e produção de petróleo e gás com sede em Dallas, Texas, nos Estados Unidos da América.
PRIMEIRO MINISTRO SOLICITOU FUNDOS PARA INVESTIR NO TURISMO E TRANSPORTES
De acordo com os dados da STP-Press, o primeiro-ministro escolheu os setores do turismo, prestação de serviços, transportes e a construção do porto em águas profundas, tal como a modernização da instalação aeroportuária como as principais prioridades.
Por outro lado, segundo a agência de notícias são-tomense, Patrice Trovoada garantiu que as empresas europeias manifestaram interesse em investir no aeroporto internacional, nomeadamente no alargamento da pista.
O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe anunciou também que estão em curso negociações com o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento para a constituição de um fundo de garantia para financiar a construção de unidades de produção de energia hidráulica.
«Em 1972, quando se criou o MLSTP na Guiné equatorial, o Presidente Obiang estava lá e, a partir daí, tinha a missão de defender os líderes de libertação. Em 1973 houve o assassinato de Amílcar Cabral, com a mão da PIDE Portuguesa. Tiveram que se tomar medidas severas para proteger os dirigentes são-tomenses e o Presidente Obiang liderou essa comissão na Guiné Equatorial», contou.
Os dois líderes, recorde-se, reuniram-se no Palácio do Povo, onde fizeram uma vasta análise da situação dos dois países, assim como do continente africano. (abola.pt)