Os dados dos utilizadores do Megaupload, o site encerrado por iniciativa do FBI norte-americano, poderão ser apagados a partir da próxima quinta-feira.
Os procuradores dos EUA encarregados do caso bloquearam o acesso ao site e acusaram sete homens por facilitarem a partilha ilegal de conteúdo protegido por copyright e direitos de autor, como filmes e música. A empresa fundada por Kim Dotcom sustenta que os milhões de utilizadores daquele site guardavam ali o seu material como documentos pessoais ou fotografias. Porém, esse argumento não está a convencer a acusação.
A Megaupload contrata outras empresas para guardar os dados dos seus utilizadores, mas o governo norte-americano congelou-lhe as contas, disse o advogado de defesa da Megaupload, Ira Rothken, no domingo. Por isso, está sem dinheiro para pagar o serviço das empresas externas que asseguravam o armazenamento, como é o caso da Carpathia e da Cogent, duas companhias sediadas nos Estados Unidos.
O mesmo responsável afirma que estão em causa ficheiros de 50 milhões de utilizadores. Além disso, o referido material seria importante para os próprios acusados se defenderem no processo judicial em curso.
Algum do material armazenado nos servidores localizados na Virgínia, foi copiado pela polícia federal. As autoridades dizem ter jurisdição para tal, apesar de a sede da Megaupload ser em Hong Kong. O fundador da empresa, Kim Dotcom, de nacionalidade alemã, está detido na Nova Zelândia. OS EUA estão a pedir a extradição para o julgar em território nacional.
Fonte: Publico