Canadá (e também os Estados Unidos) atravessa uma onda de calor jamais vista. Por exemplo, na terça-feira, os termómetros atingiram os 49,6 graus Celsius, o que causou, por exemplo, um pico de óbitos associado à onda de calor.
No entanto, os especialistas referem que não é correcto associar um evento isolado à alta da temperatura do planeta, embora admitam que estas situações serão mais corriqueiras no futuro devido às mudanças climáticas ligadas ao aquecimento global.
Na área de Vancouver, as autoridades contabilizaram cerca de 135 casos de morte súbita desde sexta-feira (a sua grande maioria idosos). A região atravessa uma onda de calor jamais vista na sua história, uma onda de calor que também assola a zona ocidental dos Estados Unidos.
Para termos uma ideia do que está a acontecer, Lytton, cerca de 260 quilómetros a nordeste de Vancouver, registou três recordes consecutivos de temperatura desde domingo, atingindo os 49,6 graus Celsius na terça-feira, novo recorde de calor para o Canadá (antes desta semana, o registo mais alto datava de 1937).
Como consequência, os aparelhos de ar condicionado e ventiladores estão quase esgotados (e imaginem o custo energético que isto tem…), com o Governo a ser obrigado a abrir “centros de arrefecimento” para a população.
Nos Estados Unidos, terça-feira foi «provavelmente» o dia mais quente de sempre em Seattle, Washington e Portland. Desde a década de 1940 que as temperaturas não eram tão altas nessas cidades.
Segundo os meteorologistas, a vaga de calor deve-se a uma «cúpula de calor», no qual as altas pressões retêm o ar quente da região (actua como uma tampa de uma panela). Quanto mais tempo perdura a cúpula, mais intensa é a onda de calor nos locais onde ela abrange. No Canadá, por exemplo, as temperaturas estão entre 10°C e 15°C acima do normal.
Nos Estados Unidos, os trials do país, competição de Atletismo que qualificava os atletas norte-americanos para os Jogos Olímpicos de Tóquio, tiveram de ser adiados em Eugene das 15h15 para às 20h30, tal o calor que assolava a cidade.
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De referir, no entanto, que este fenómeno é raríssimo de acontecer e por isso os especialistas não o creditam ao aquecimento global, embora admitam que poderão ser mais frequentes no futuro.
Segundo os cientistas, as mudanças climáticas relacionadas ao aquecimento global permitirão um aumento da frequência de eventos extremos devido às mudanças climáticas induzidas pela humanidade, como o que acontece neste momento no Canadá e em parte dos Estados Unidos.
