No momento de decisão para comprar empresas portuguesas que o governo luso pôs no mercado por força do acordo de resgate com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE), deve fazer-se uma selecção inteligente e sem euforia.
O conselho foi dado no sábado, em Luanda, pelo economista angolano José Cerqueira durante uma entrevista dada à Angop, que abordou a crise económica e financeira em alguns países da zona Euro, incluindo Portugal.
José Cerqueira, que ocupou o posto de economista principal do primeiro programa de (Reformas Económicas, Saneamento Económico e Financeiro-SEF) em Angola, citou outros factores que contribuem, de momento, para que as autoridades angolanas não se mostrem eufóricas.
Essas diferenças entre os dois países, em termos económicos, são a juventude de Angola e a diversidade e grandeza dos seus recursos naturais que, segundo o economista, vão permitir um crescimento contínuo em Angola, contrariamente a Portugal.
Outro elemento apontado por Cerqueira foi o facto de a actual situação de crise em Portugal poder propiciar investimentos especulativos e não de precaução, que possam permitir a Angola criar um tesouro no exterior.Entretanto, sugere como boa área para se investir neste momento, em Portugal, a de distribuição, como “aliás acontece actualmente nos combustíveis”, onde a angolana Sonangol e a lusa GALP fazem parceria.
Fonte: Jornal de Angola