Receios sobre a crise de dívida europeia pesaram mais do que a queda nos pedidos de subsídio de desemprego. No final, Wall Street desceu.
O índice industrial Dow Jones perdeu hoje 0,11%, enquanto o S&P 500 cedeu 0,06%, naquela que foi a terceira sessão de perdas consecutiva. Já o tecnológico Nasdaq progrediu 0,4%.
A pesar nas negociações estiveram os receios renovados em relação à crise de dívida europeia, numa sessão onde os indicadores de dívida de Espanha e Itália se agravaram no mercado secundário. Isto depois de o Tesouro espanhol ter realizado ontem uma emissão de dívida onde a procura foi mais fraca e os juros subiram. Hoje, também França foi ao mercado e teve de pagar um juro mais elevado para conseguir vender as obrigações a 10 anos.
Os ‘fantasmas’ da crise europeia sobrepuseram-se mesmo aos dados do Departamento do Trabalho dos EUA, que revelou hoje que o número de pedidos iniciais de subsídio de desemprego desceu em 6.000 pedidos para um total de 357.000 na semana que terminou a 31 de Março. Trata-se do valor mais baixo desde Abril de 2008.
“Existem, certamente, melhorias no mercado laboral nos Estados Unidos, mas de vez em quando somos lembrados de que ainda há problemas na Europa”, afirmou Greg Woodard, gestor de fundos na Manning & Napier, à Bloomberg, que é responsável pela gestão de cerca de 40 mil milhões de dólares. “A volatilidade vai continuar. A tendência parece ser uma melhoria nos Estados Unidos e a continuação de dificuldades fora dos Estados Unidos”, acrescentou o mesmo responsável.
Foi neste cenário que as acções da Alcoa e da General Electric cederam mais de 1%, ao mesmo tempo que os títulos da Constellation Brands afundaram 12%, depois de a produtora de vinhos ter anunciado estimativas de lucro que ficaram abaixo do esperado pelos analistas.
Fonte: Económico