Membros da embaixada e comerciantes sul-africanos no país doaram, em Luanda, diversos bens alimentares e conviveram com as crianças do Lar Kuzola, para comemorar o Dia Internacional de Nelson Mandela, assinalado ontem.
Membros das Linhas Aéreas da África do Sul, “South Airlines”, juntaram-se ao convívio, oferecendo às crianças do lar cobertores, camisolas, chinelas e outras peças de roupas.
Durante o convívio, as crianças apresentaram peças de teatro, poesia, dança tradicional e moderna.
Antes do convívio, a primeira secretária da área política da Embaixada da África do Sul em Angola, Pumza Mgijima, disse que o lar foi escolhido para comemorar o aniversário de Nelson Mandela, pelo facto de albergar diversas crianças que vivem sem pais, abandonadas e acusadas de feiticeiras.
Pumza Mgijima disse que Nelson Mandela, que nasceu em 18 Julho de 1918, lutou contra as leis injustas do apartheid e, em 1944, ajudou a criar o núcleo juvenil do Congresso Nacional Africano (ANC).
Nelson Mandela, o primeiro presidente negro da África do Sul, frisou, foi preso no dia 4 de Agosto de 1962 e libertado em 1990, acusado, com outros membros do ANC, de conspirar para derrubar o Governo através de actos violentos.
Pumza Mgijima disse que, devido ao apoio de Nelson Mandela a todos os oprimidos da Terra e sua contribuição exemplar à paz e à compreensão, o seu nome foi proposto pela Unesco para embaixador da organização.
Em função deste protagonismo, referiu, a Organização das Nações Unidas apelou aos cidadãos de todo mundo para dedicarem 67 minutos do seu tempo útil ao serviço da sua comunidade – um minuto por cada ano que o líder sul-africano Nelson Mandela serviu a humanidade.
A representante da Direcção Provincial de Assistência e Reinserção Social no Lar Kuzola, Rita Dias, disse que os bens doados vão servir para aliviar as dificuldades que o lar enfrenta.
“A oferta simboliza que o Executivo não está sozinho e pode contar com o apoio de outras instituições, não só para a doação de bens, mas também para proporcionar momentos de alegria”, afirmou.
Em 1964, Madiba, como também é conhecido Nelson Mandela, foi condenado a prisão perpétua e converteu-se num símbolo internacional de resistência contra o apartheid e injustiça, por defender a reconciliação entre as diferentes comunidades e a favor da democracia, igualdade e educação.
Fonte: Jornal de Angola