
A província de Luanda vai deixar de ter restrições no fornecimento de energia eléctrica a partir de Agosto do próximo ano, assegurou, na quarta-feira, o secretário de Estado de Energia, João Baptista Borges.
Num encontro de auscultação e concertação social do Governo Provincial de Luanda, João Baptista Borges referiu que a distribuição de energia à capital angolana vai conhecer dias melhores após a conclusão da instalação de mais 120 megawatts na central térmica do Caminho-de-Ferro de Luanda.
Para já, adiantou, as restrições que ocorrem até hoje vão conhecer uma redução significativa quando, em Dezembro, entrarem em funcionamento duas novas centrais térmicas, que vão estar instaladas no bairro da Boavista.
As duas centrais térmicas da Boavista vão produzir 100 megawatts, que vão ser adicionadas ao actual sistema de distribuição de energia eléctrica à província de Luanda.
Ainda de acordo com João Baptista Borges, a partir de 20 de Novembro vão ser repostas as unidades que se encontram em manutenção em Kapanda, a maior central hidroeléctrica do país, permitindo a redução das actuais restrições no fornecimento.
“Com a subida da temperatura, não poderemos solucionar, na totalidade, o problema do fornecimento da energia, porque, nesta altura do ano, o consumo é muito maior, daí a necessidade de levar-se a cabo uma campanha de apelo à poupança de energia”, sublinhou.
O secretário de Estado de Energia revelou que está em curso a construção de uma segunda central em Cambambe, que vai produzir, dentro de três anos, 700 megawatts. Em paralelo, vai ser construído um sistema de transporte da electricidade para Luanda.
As causas das restrições
João Baptista Borges explicou que a deficiente distribuição de energia eléctrica à cidade de Luanda, que se regista há um mês, se deve à manutenção obrigatória das turbinas instaladas em Kapanda.
Acrescentou que os trabalhos de manutenção reduziram a capacidade de fornecimento em cerca de 120 megawatts, representando um grande impacto na distribuição, tendo em conta a capacidade total instalada no sistema Norte, para atender Luanda, que é de cerca de 600 megawatts.
Outra causa para a actual deficiente distribuição de energia, de acordo com o secretário de Estado, é o facto de a barragem de Cambambe, construída nos anos 60, estar num processo de reabilitação total, obedecendo a um processo sequencial na intervenção de cada turbina, o que reduz a sua capacidade em 40 megawatts. O secretário de Estado de Energia foi ao encontro acompanhado por responsáveis da Empresa de Distribuição de Electricidade (EDEL), da Empresa Nacional de Electricidade (ENE) e de outros sectores energéticos que, de forma sucinta, responderam a várias inquietações dos cidadãos sobre a falta de energia nos vários bairros de Luanda.
Assistiram ao encontro, orientado pelo governador provincial interino, a vice-governadora para a área Social e Política, responsáveis das comissões de moradores de vários bairros, líderes religiosos, agentes da Polícia, administradores municipais e comunais.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Jornal de Angola