A State Grid Corporation of China e a Oman Oil pagaram sexta-feira em Lisboa 432 milhões de euros (cerca de 562 milhões de dólares) às autoridades portuguesas, resultantes da venda de 25 e 15 por cento, respectivamente, da participação estatal na Redes Energéticas Nacionais (REN).
As duas empresas já tinham pago um total de 160 milhões de euros (cerca de 209 milhões de dólares) em Fevereiro passado, altura em que asseguraram a entrada no capital da REN no âmbito da privatização. Com esta transacção, fica concluído o processo de privatização dos 40 por cento de capital da REN alienados pelo governo português.
O pagamento efectuado pelos novos accionistas da REN – 387 milhões (cerca de 503 milhões de dólares) pela State Grid Corporation of China e 205 milhões (cerca de 267 milhões de dólares) pela Oman Oil – aconteceu um dia depois de ter sido publicado, no Diário da República de Portugal, o aumento do limite dos direitos de voto da empresa, de dez para 25 por cento.
Apesar da alteração estatutária da empresa já ter sido aprovada pelos accionistas na assembleia-geral realizada no mês de Março, não tinha sido ainda ratificada pelo Presidente português, Cavaco Silva.
A empresa estatal Aeroportos de Portugal (ANA) está a negociar com a Air China uma ligação directa entre Lisboa e Pequim, anunciou quinta-feira o director-adjunto do Aeroporto de Lisboa, Francisco Vieira Pita.
À margem da apresentação da rota Dubai-Lisboa da Emirates Airlines, a primeira ligação directa entre Portugal e o Médio Oriente, Vieira Pita adiantou que “Pequim continua a ser uma das rotas que estamos a trabalhar com força, porque é uma das ligações que achamos ser extremamente interessante”. Vieira Pita, confirmando que estão a decorrer negociações com a Air China para que opere a rota Lisboa-Pequim, sublinha que “são processos complicados e demorados”, dando como exemplo as conversações com a Emirates Airlines que se iniciaram em 2008 e só em Julho próximo começam os voos directos entre Dubai e Lisboa. “Temos cerca de 200 mil passageiros por ano a viajar para a Ásia, mas de forma indirecta, viajando através de outros aeroportos europeus e isso foi identificado como uma lacuna estratégica”, disse ainda o director-adjunto do Aeroporto de Lisboa, citado pelo jornal “Diário Económico”.