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    Contestação e detenções marcam período pós-eleitoral em Angola

    Os resultados eleitorais em Angola continuam a provocar contestações e detidos, que reivindicam, um pouco por todo o país, a falta de transparência do processo que deu vitória ao MPLA.

    Organizações cívicas falam em eleições não transparentes e apelam a que a CNE reconsidere os protestos dos partidos. Vários jovens foram detidos em Luanda por reclamarem, na rua, a falta de transparência do processo eleitoral, que reconduziu João Lourenço a Presidente de Angola.

    Timóteo Miranda confirma a detenção, em casa, da activista Violeta Catumbela, que se encontra encarcerada no Comando Provincial da Policia de Luanda, assim como de dois activista que foram levados a julgamento sumário, com a pretensão de realizarem uma manifestação contra os resultados eleitorais.

    O jovem activista denuncia, ainda, a prisão de vários activitas nas províncias de Benguela, Malange e Cabinda, por razões já conhecidas.

    “A informação que nos chegou é que foram lá agentes da polícia nacional, por volta das 17:00 a casa, e a levaram sem nenhum mandado de busca. Neste caso [Violeta Catumbela] está lá no comando provincial à espera de informações. Neste momento estão em julgamento sumário o Cândido Libertador e o Caleque Mandamba que queriam realizar uma vigília. Em Benguela, Malange também há outros detidos”, denunciou o activista Timóteo Miranda.

    Face ao clima que se vive no país, vinte organizações cívicas instam a Comissão Nacional Eleitoral a reconsiderar a solicitação dos partidos políticos e do Movimento Cívico MUDEI para a comparação das actas que comprovam a vitória do partido no poder em Angola.

    Dito Dali, um dos subscritores do memorando, considera que as eleições não foram mesmo transparentes, mas diz que as organizações recomendam à UNITA a publicar, no prazo de 24 horas, os resultados eleitorais definitivos da contagem paralela que diz existir.

    “As organizações subscritoras deste memorando entendem que as eleições não foram justas, livres e nem transparentes, então, daí o nosso apelo a que estas eleições devem ser anuladas ou atribuir a vitória a quem merece”, revelou o também líder da organização Lawlenu.

    Para os movimentos cívicos, se a CNE não conseguir provar os resultados que dão vitória ao MPLA, esta deve ser declarada ilegítima, ficando a UNITA impedida de tomar posse num Parlamento resultante de eleições fraudulentas.

    “É bom que a CNE atenda as reclamações dos partidos concorrentes e da sociedade civil. Nós apresentámos o memorando também para deixar um aviso à própria UNITA que deve publicar os resultados definitivos que tem nos intervalo de 24 horas”, avisou Dito Dali.

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    FonteRFI

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