A indústria petrolífera está sujeita a derrames e incêndios incontroláveis com mortes, danos materiais e poluição, declarou ontem, em Luanda, o consultor de segurança, ambiente e saúde da Petrobras, José Luís Neves.
Em declarações à Angop, no seminário sobre “Análise dos Riscos na Indústria Petrolífera”, o consultor sugeriu a formação de técnicos sobre o grau de risco e de perigo na exploração de petróleo e o reforço das medidas de prevenção contra catástrofes.
“Quando se aprende a analisar o risco de maneira metódica, consegue-se ensinar os trabalhadores a precaverem-se de acidentes e a tornarem os projectos de plataforma e refinaria mais seguros”, afirmou.
Para José Neves, as petrolíferas devem procurar petróleo de maneira mais segura, protegendo o ambiente e mantendo a segurança das instalações. Quando as petrolíferas têm controlo do risco e desenvolvem acções de prevenção, em que a probabilidade de ocorrência de desastres é quase nula. “Actualmente a probabilidade de acontecer poluição, derrames, incêndios e mortes é muito baixa. Apesar de existirem no mundo mais de cinco mil plataformas petrolíferas, só se fala de acidentes ambientais numa ou noutra plataforma”, afirmou o consultor, acrescentando já quanto às condições tecnológicas, José Neves referiu que, a nível mundial, as empresas petrolíferas são obrigadas, por convenções e directrizes internacionais, a usarem apenas máquinas e equipamentos certificados por organismos especializados. As companhias petrolíferas, para operarem, devem ter uma licença ambiental, planos de emergência e de contingência.
Fonte: Jornal de Angola