Luanda – O ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, confirmou para Junho próximo a conclusão do primeiro carregamento de gás natural liquefeito a partir do Projecto Angola LNG, localizado no município do Soyo, província do Zaire.
Ao falar hoje na abertura da Conferência Internacional sobre Petróleo e Gás, que decorre em Luanda, o governante assegurou que o início do carregamento está previsto para este mês (Maio), mas a conclusão apenas acontece em Junho próximo.
De acordo com o ministro dos Petróleos, o Projecto Angola LNG (Gás Natural Liquefeito) irá causar um impacto positivo no crescimento económico do país, reflectido na produção de 5.2 milhões de toneladas de LNG por ano e também fornecerá gás butano para consumo interno, tornando o país auto-suficiente.
De igual modo, prosseguiu, o impacto económico alarga-se, como prova à disponiblização pelo referido projecto de um volume de 125 milhões de pés cúbicos por dia de gás natural tratado para a Sonangol e destinado à geração de energia eléctrica e petroquímica.
Disse que a abertura do sector petrolífero angolano a companhias internacionais, após a independência nacional em 1975, foi determinante para o desenvolvimento célere que o sector registou internamente nos últimos anos de actividade.
O ministro afirmou que o Executivo angolano optou, com sucesso, para uma política, a nível do sector petrolífero, que consiste em oferecer condições atractivas para o investimento estrangeiro, dotando-os de princípios de reciprocidades de interesses e vantagens mútuas.
Segundo o titular da pasta dos petróleos, a utilização de alta tecnologia fez de Angola um país petrolífero de classe mundial, numa estratégia que tem como premissa básica o aumento das reservas de petróleo e gás natural, através dos estudos geofísicos que conduzem à identificação e avaliação do potencial petrolífero.
Referiu que além de conduzirem à identificação e avaliação do potencial petrolífero, os estudos geofísicos levaram a descoberta de novas áreas exploratórias, sendo por este motivo que estão a ser empreendidos esforços no domínio de exploração nas áreas já identificadas.
Trata-se da parte terrestre da bacia do Kwanza, águas profundas das bacias do Kwanza e do Namibe, assim como nas águas ultra-profundas das bacias do baixo Congo e do Kwanza, tendo sido priorizados os blocos, em águas ultra- profundas e profundas da bacia do kwanza, dada a relação com a sua contraparte brasileira (a bacia de Campos).
Referindo-se à correlação entre as bacias do kwanza e a de Campos (Brasil), afirmou que nestas áreas tiveram lugar grandes descobertas em reservatórios do pré-sal. “As bacias interiores encontram-se em fase de reconhecimento, estando em curso estudos adicionais para aprovação da prospectividade dessas áreas”.
Promovido pelo Ministério dos Petróleos, o Fundo da Associação dos Produtores de Petróleo Africanos (APPA) e África & Middle East (AME) Trade, o encontro, que decorre até quarta-feira, está analisar temas relativos à produção de energia em Angola, nova exploração fronteiriça e finanças e gestão de riscos nos projectos de petróleo e gás no país.
Fonte: Angop