A vida e obra de Agostinho Neto foram abordadas na semana passada, no Salão Nobre da Embaixada de Angola em França, durante uma conferência internacional sobre “O legado político e cultural de Agostinho Neto”. Enquadrada nas comemorações do Dia do Herói Nacional, a conferência contou com a presença de membros da comunidade angolana em França, diplomatas e funcionários da missão diplomática, além de diplomatas dos países da lusofonia. Ao proferir as palavras de abertura, o Embaixador de Angola em França, Miguel da Costa, lembrou o papel histórico do nacionalista e primeiro Presidente de Angola e disse que Neto “soube manter viva a esperança sagrada dos oprimidos, porque acreditava que o fim da dominação colonial era inelutável. Com o acumular das nuvens ao sopro da História, ninguém poderia impedir a chuva”, lembrou o embaixador. A jornalista italiana Augusta Conchiglia, que conviveu com Neto, afirmou, por sua vez, que Agostinho Neto, enquanto presidente do MPLA desde 1962, “teve de, imediatamente, gerir as situações mais complexas a nível nacional e também a nível regional e internacional. O seu carácter independente e o seu firme compromisso com os princípios foram muitas vezes postos à prova”, recordou a jornalista. Do seu convívio com o Presidente Neto, a traçou o seguinte perfil: “Agostinho Neto foi um homem de princípios inflexíveis. Reservado, mas afável e atencioso. Neto foi de contacto directo e simples. Ele era corajoso, tranquilo e sem exibicionismo”, descreveu.
Fonte: JA