A Comissão Europeia considera a situação em torno do referendo que decorreu ontem (1) na Catalunha um assunto interno da Espanha, disse o porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas.
“De acordo com a Constituição da Espanha, a votação de ontem na Catalunha foi ilegal. Para a Comissão europeia, como o presidente [Jean-Claude Juncker] repetiu várias vezes, este é um assunto interno da Espanha, que deve ser resolvido segundo a Constituição da Espanha”, disse Schinas.
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Schinas sublinhou que a Comissão Europeia confia no governo do primeiro-ministro da Espanha “na questão da gestão deste processo complicado, com a plena observação da Constituição espanhola, assim como dos direitos fundamentais dos cidadãos”.
Ele acrescentou que a Comissão Europeia apela a Madri e a Barcelona para regularizarem o assunto através do diálogo.
“A Comissão Europeia acredita que agora é hora de união e estabilidade, não de fragmentação. Apelamos a todas as partes para que passem o mais rápido possível da confrontação para o diálogo. A violência jamais pode ser um instrumento na política”, afirmou.
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Comentando a situação do referendo catalão, o Kremlin expressou uma posição semelhante à da Comissão Europeia.
“Quanto aos acontecimentos na Espanha, […] Moscovo continua com a posição que é um assunto interno do reino”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Madrid qualificou o referendo na Catalunha como ilegal. No entanto, de acordo com as autoridades catalãs, cerca de 90% dos votantes se expressaram a favor da independência da Catalunha. Os confrontos com a polícia espanhola durante o referendo causaram 893 feridos, segundo o Ministério da saúde da Catalunha. (Sputnik)