O vice-ministro da Comunicação Social, Manuel Miguel de Carvalho “Wadjimbi”, mostrouse, em Luanda, favorável a uma maior participação dos jornalistas nacionais no concurso CNN/ Multichoice África, competição que premeia anualmente o melhor profissional da classe do continente.
O responsável, que fez este pronunciamento quando procedia a abertura do seminário sobre “Excelência em Jornalismo”, disse que os jornalistas angolanos têm participado do concurso desde 2005, altura em que foi introduzida a versão em língua portuguesa no certame.
Realçou que o primeiro marco de referência da participação angolana aconteceu em 2009, quando um jornalista da Televisão Pública de Angola (TPA) conquistou o galardão, facto que deve servir como inspiração e elevando a capacidade dos profissionais no exercício de tão importante arte.
Apesar desse marco, reconheceu que a participação dos jornalistas nacionais no concurso ainda é considerada insípida.
“Neste sentido, apraz-nos lançar o repto para uma participação massiva dos jornalistas angolanos no evento”, apelou.
Referiu que a presente edição, a decorrer até ao dia 26 de Janeiro, comporta 14 categorias e tem como tema “Jornalismo de Excelência na Promoção do Desenvolvimento”, representando uma oportunidade para os jornalistas mostrarem ao mundo as suas potencialidades e aptidões profissionais, de modo a que se perceba que em Angola a profissão é exercida com isenção, ética, deontologia e respeito.
Complementou, por outro lado, que o certame é uma soberana oportunidade colocada à disposição dos profissionais para mostrarem que a prática de um jornalismo marginal, como tem sido o apanágio de certa imprensa local, não passa de mero exercício de diversão e desvio das normas, que se revêem e respeitam os símbolos da soberania do país, bem como dos seus distintos representantes.
“Além de quaisquer valor financeiro, o concurso CNN/Multichoice se afigura um valioso instrumento para afirmação dos jornalistas angolanos no contexto panafricano, atendendo também o prestígio que os promotores do evento têm no mundo da comunicação, a nível mundial”, sublinhou.
O Prémio Jornalista Africano do Ano CNN foi fundado em 1995 por Edward Boateng que foi director regional africano da Turner Broadcasting System Inc, empresa-mãe da CNN, com o objectivo de reconhecer e incentivar a excelência no jornalismo por toda a África.
Persistência no concurso
Os jornalistas nacionais concorrentes ao prémio CNN Multichoice, 2012, que não forem galardoados nesta edição não devem desanimar, mas fazer da persistência uma divisa a defender, considerou em Luanda, o vice-ministro da Comunicação Social, Manuel Miguel de Carvalho “Wadjimbi”.
O responsável enfatizou que a lógica da vida ensina que “perder uma batalha não é perder uma guerra”, pelo que a persistência deve ser a divisa a defender.
Ressaltou que o desejo de todos os concorrentes é, seguramente, conquistar o troféu, porém, pela lógica da vida, esse facto não poderá acontecer, pois, do universo dos trabalhos apresentados será destacado o que na perspectiva do júri estiver melhor elaborado.
“Estamos seguros que serão premiados os melhores trabalhos, estruturados na base da objectividade, responsabilidade, criatividade e outros valores que fazem do jornalismo uma profissão apaixonante, com capacidade de promoção do desenvolvimento, compreendendo o termo na sua mais vasta dimensão”, sublinhou.
Disse esperar uma participação efectiva e massiva dos jornalistas angolanos, na esperança que os seus trabalhos dignifiquem uma vez mais a classe.
CNN quer divulgar desenvolvimento de Angola
A cadeia de televisão norte-americana CNN manifestou, em Luanda, interesse em divulgar o desenvolvimento socioeconómico de Angola, sobretudo a evolução registada nos últimos nove anos desde o fim do conflito armado.
“Angola tem muitos exemplos a dar ao mundo. Nós queremos divulgar essa realidade e ser parte deste processo de desenvolvimento”, disse o chefe do Bureau da CNN para África, Kim Norgard, durante a audiência concedida pela titular da Comunicação Social de Angola, Carolina Cerqueira.
O representante da CNN disse que a cadeia quer mostrar as potencialidades naturais, o modo de ser dos angolanos, as acções do Executivo e outras iniciativas que estão a deixar o mundo fascinado com este país da África Austral.
Por sua vez, a anfitriã, Carolina Cerqueira, disse que o Ministério da Comunicação Social está disposto a colaborar com a CNN, garantindo todo o apoio institucional, de modo a que a cadeia possa mostrar a realidade do país.
“Nós ficamos agradecidos com o vosso interesse. Queremos que conheçam Angola e que mostrem desde as nossas iniciativas de combate à pobreza um pouco por todo o país, as nossas dificuldades e também as boas iniciativas, bem como outras questões de vosso interesse”, disse a ministra.
Fonte: O País