A dívida de clientes a Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), no ano de 2022, está estimada em mais de 180 mil milhões de kwanzas, anunciou o Presidente do Conselho de Administração da EPAL, Manuel Cruz.
As dívidas contraídas ao longo de mandatos anteriores por clientes domésticos e instituições públicas ligadas, sobretudo, aos sectores do comércio e indústria, estão a dificultar o funcionamento e melhoria na prestação de serviço.
Em declarações à ANGOP, o PCA, que falava dos desafios de 2022 e perspectivas para o ano de 2023, referiu que estão a gizar planos de recuperação da dívida, avaliando aquelas que possuam condições de serem recuperadas e caso contrário descontinuar de maneira estratégica as que apresentam dificuldade em cumprir com os compromissos.
Manuel Cruz disse que os cortes aos devedores e as campanhas de sensibilização desenvolvidas não têm sido suficientes para ultrapassar a situação e rever os valores “estagnados” .
No que toca aos projectos em curso, o PCA citou três grandes traçados: o do Bita, do Kilonga e do ” Pro Água”.
Quanto ao projecto do Bita, que já conta com o acto de consignação feito, na área de estação de tratamento de águas e processamento no reservatório de cabeceira que é o “CD Bita” com uma capacidade de 50 mil metros cúbicos, nos lotes integrados B1 B3 e B7.
Referiue que o lote B 2 tem a ver com as condutas adutoras, que interliga a estação de tratamento as centrais de distribuição.
Está previsto para este projecto um financiamento do Banco Mundial, avaliado em 1.07 mil milhões de dólares, aguardando apenas o embolso dos primeiros lotes para o início das empreitadas.
O titular da EPAL falou ainda das incidências dos projectos sobre o município de Belas, com uma produção de cerca de duzentos e cinquenta mil metros cúbicos e com a previsão de 170 mil ligações com contadores pré-pagos, num prazo de quatro anos.
Manuel Cruz descreveu também a redefinição do projecto Kilonga, em termos de financiamento externo. O projecto tem uma capacidade de cerca de quinhentos mil metros cúbicos por dia e terá uma confluência sobre os municípios de Cacuaco, Viana e Icolo e Bengo.
Fez saber que o financiamento do projecto Kilonga ronda na ordem dos oitocentos e cinquenta milhões de dólares, sem as componentes rede de distribuição de tratamento e a própria rede de distribuição, pelo que já estão a decorrer estudos para o concurso para sua incorporação.
O responsável apontou o projecto denominado ” PRO ÁGUA”, que vai incidir sobre a capacidade operacional a nível das infra-esturas.
De acordo com ele, está dividido em três pilares, nomeadamente a intervenção a nível da produção.
ANGOP