
Em dia de feriado nacional, data em que o país rende homenagem à memória do fundador da nação, Agostinho Neto, o Chefe de Estado desenvolveu, ontem, uma intensa jornada de campo, visitando algumas obras de impacto sócio-económico, como as novas centralidades do Cacuaco, projecto que contempla mais de 20 mil habitações, e do Quilómetro 44, cujo projecto contempla igual número de casas.
Acompanhado por uma delegação composta por ministros e altos responsáveis do seu gabinete, o Presidente José Eduardo dos Santos começou a jornada, precisamente, na nova urbe do Cacuaco, onde cumprimentou o colectivo de trabalhadores, entre técnicos e engenheiros, angolanos e chineses, e visitou um dos apartamentos já concluídos. Até Dezembro próximo, vão ser entregues pelo menos 10 mil fogos habitacionais.
No local, José Eduardo dos Santos recebeu explicações pormenorizadas sobre o material que está a ser utilizado, o curso das obras e também a observação de prazos.
O projecto habitacional, com obras a cargo da China TieSiju Civil Enginering Co.Ltd, conta com uma área total de construção de 1.718.881 metros quadrados, dos quais 1.643.881 se destinam à construção de residências.
O cronograma geral de execução dos trabalhos indica que a conclusão da parte referente às residências está prevista para Dezembro de 2012, que vão ser entregues em quatro etapas.
O Jornal de Angola apurou que, por exigência do dono da obra, a Sonangol Imobiliária e Propriedades (Sonip), a empreiteira já completou a proposta de infra-estrutura e a de acessos, além do plano de recursos humanos e de equipamentos.
Em declarações aos jornalistas, o administrador municipal do Cacuaco disse que o projecto demonstra a vontade e a preocupação do Executivo em proporcionar à população casas com condições óptimas de habitabilidade.
Cafussa acrescentou que o seu município vai ganhar uma obra de grande impacto, cujo reflexo imediato vai ser diminuir o fluxo de luandenses que querem adquirir casa na Cidade do Kilamba.
“Cacuaco vai ganhar uma nova cidade que a todos nós vai orgulhar, porque, de certo modo, também vai trazer valências enormes que devem ser consideradas em termos de desenvolvimento desta região de Luanda”, disse o administrador, acrescentando que gostava que obras desta grandeza “sejam vistas pela nossa população como mais uma prova inequívoca do esforço que o Executivo tem estado a empreender, tendo em conta o conceito de proporcionar melhores condições de habitabilidade.
Portanto, o que se quer é que a população deixe de tomar de assalto aqueles espaços que, no futuro, vão constituir o exemplo desta centralidade e de outras que temos a surgir no país”.
Esta centralidade vai ser uma alternativa, para as pessoas escolherem livremente se pretendem ficar na do Kilamba, de Cacuaco ou Zango, pois está garantida a disponibilidade de todos os serviços que vão permitir aos habitantes desta nova urbe viverem com autonomia, sem necessidade de se deslocarem ao centro da cidade ou a outra centralidade próxima para ter acesso a um bem ou serviço público.
Na nova centralidade do Cacuaco, além de habitações, estarão igualmente disponíveis áreas de serviços, comércio, restauração, equipamentos sociais, de turismo, infra-estrutura urbana, indústrias, armazéns, lazer, estadia, estruturas verdes de urbanização, e rede viária urbana e estacionamento.
A jornada de campo do Presidente da República teve como segunda paragem o Quilómetro 44, zona de Sanzala Grande, no Bengo, onde está a ser edificada, a ritmo acelerado, uma nova urbe, composta por edifícios geminados de dois pisos, com apartamentos de tipo T3.
Também propriedade da Anip, o projecto habitacional contempla mais de 400 edifícios, com acessibilidades por terra para vários pontos de Luanda. A primeira fase, aprazada para Dezembro, contempla mais de dez mil habitações.
Casas de qualidade e a bom preço
A terceira e derradeira etapa da jornada foi a localidade do Zango 1, onde José Eduardo dos Santos tomou contacto com três modelos de habitações apresentados pela empreiteira chinesa China International Fund Limited. Trata-se de casas de tipo “Conforto A”, “Conforto B” e “Económico”, sendo os dois primeiros modelos compostos por três quartos, igual número de WC, cozinha, corredor e quintal.
Durante aproximadamente meia hora, o Presidente da República percorreu os compartimentos dos três modelos. As casas do tipo A têm uma área de 85,87m2 (metros quadrados), com um quintal de 600m2, e custam 60 mil dólares cada, enquanto as do tipo “Conforto B” ocupam uma área de construção de 72,44m2 e quintal de 300m2, no valor de 45 mil dólares.
As “casas Económicas” ocupam uma área de 68,7m2, de superfície, um quintal de 150m2 e possuem três quartos, uma cozinha, casa de banho, sendo o preço estipulado de 20 mil dólares. Segundo o empreiteiro, a distribuição dos quartos, a forma, cobertura de chapa betuminosa e a cor, correspondem às características africanas.
As habitações, projectadas para 50 anos (com opção para permanente), são “ajardinadas e com estilo de vida confortável, económico e seguro e enquadram-se no programa habitacional do Executivo angolano”.
O projecto habitacional está aberto ao concurso dos governos provinciais e também às entidades particulares, que podem fazer encomendas de qualquer modelo de casas para construir onde quiserem, desde que seja feita em espaços cuja titularidade esteja legalmente constituída.
Kumuênho da Rosa
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Rogério Tuti