Um cidadão de nome Bartolomeu e com 39 anos de idade, vendedor ambulante de pilhas, suicidou-se com um tiro na cabeça, depois de ter morte a mulher de 37 e o único filho de 10 meses, no último dia 5/3, no Kilamba-kiaxi, em Luanda.
Segundo as testemunhas, naquele dia, Bartolomeu que vendia num dos mercados nos arredores, regressou à casa por volta das 18 horas e visivelmente chateado. Alguns minutos depois, Bartolomeu põe-se a discutir com a mulher e gritava que o filho não era dele, argumentando não existir semelhança entre ele o filho.
Surpreendida com a situação, a vizinha nada fez, porque acreditava que o casal ficaria pela discussão.
Bartolomeu entrou em casa e regressou com uma arma Berretta 34 e põe-se a disparar atingido mortalmente a esposa e o filho; um dos vizinhos que tentou impedir também foi alvejado no pé.
De seguida, segundo testemunhas, disparou –se na cabeça, tendo morte imediata.
De acordo ainda com os vizinhos, Bartolomeu viveu na refinaria cerca de 12 anos e foi de “poucas palavras, muito pacífico, não fazia uso de bebidas alcoólicas nem um outro tipo de estupefacientes, com a venda de pilhas lutava para manter o fogão sempre acesso, nem era de envolver-se em problemas”.
O sociólogo Manasses de Neves aponta o ciúme ou a desconfiança de uma suposta traição, bem como a frustração ou medo de fracassar como chefe de família e dar a ela tudo aquilo a que tem direito.
Fonte: Folha 8
