A aprovação no Senado dos Estados Unidos da América (EUA) de um projecto de lei que permite adoptar barreiras comerciais contra a China enfureceu as autoridades do país asiático.
Três órgãos fundamentais do governo chinês, os Ministérios das Relações Exteriores e do Comércio, assim como o banco central, pronunciaram-se contra o projecto. O primeiro afirmou que o texto viola regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), o segundo, que a medida seria “desleal” e o terceiro, que ela “afecta seriamente” a reforma contínua que o governo chinês está a fazer no yuan, a moeda nacional.
O jornal The Wall Street Journal publicou no seu “site” um gráfico que mostra claramente a evolução do yuan em relação ao dólar norte-americano, como consequência dessa “reforma”, como chamou o banco central chinês.
A moeda da China, que estava atrelada ao dólar, vem subindo gradativamente desde meados de 2010, enquanto o euro, flutuante, neste momento vale menos do que em Janeiro do ano passado. Além dos órgãos do governo, a agência estatal de notícias Xinhua também atacou o projecto de lei, afirmando, inclusive, que a aprovação do texto pode gerar uma “guerra comercial”.
“Com uma doença financeira crónica e uma taxa de desemprego persistentemente alta, que leva manifestantes às ruas de Nova Iorque e mais 50 cidades, alguns legisladores tentam culpar a moeda chinesa em vez de atacar os reais motivos dos problemas económicos do país”, afirma a Xinhua.
Fonte: Jornal de Angola
Foto: IG