O Supremo Tribunal do Chile concluiu, esta terça-feira, a investigação sobre a morte do presidente socialista Salvador Allende, ao reafirmar que cometeu suicídio durante o golpe militar de 11 de setembro de 1973.
Numa deliberação adotada segunda-feira, que não obteve unanimidade, o tribunal rejeitou dois apelos que solicitavam a reabertura do processo e onde se referia que Allende teria sido morto pelos soldados que cercaram o palácio de La Moneda, a sede da presidência bombardeada pelos militares golpistas.
No entanto, o tribunal considerou que as provas rejeitam esta versão e demonstram que a causa da morte foi motivada por um disparo autoinfligido com arma de fogo.
O juiz que em 2012 investigou a morte de Allende tinha já concluído que o antigo presidente disparou sobre si próprio no queixo com uma única bala em 11 de setembro de 1973, quando o palácio começou a ser bombardeado por aviões da Força Aérea às ordens do general Augusto Pinochet.
Após ordenar o abandono do edifício, Allende retirou-se para o “Salão Independência”, de acordo com o juiz.
Allende sentou-se num sofá, colocou a arma que transportava entre as pernas, apontou o cano ao seu queixo e puxou o gatilho, refere a investigação a cargo do juiz Mario Carroza.
O regime militar dirigido pelo general Pinochet manteve-se no poder até 1990, com um balanço de mais de 3.200 mortos ou desaparecidos. (jn.pt)