O músico senegalês Cheikh Lô, que este ano actuou no festival Músicas do Mundo em Sines, toca amanhã em Lisboa e no dia 19 na ilha de Santa Maria, nas Marés de Agosto.
O músico vai apresentar no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, no âmbito do ciclo “CCB fora de si”, o mais recente álbum, “Jamm”, que definiu à Lusa como “multicolor”. O mesmo alinhamento segue no festival que anima de 18 a 20 deste mês a ilha de Santa Maria.
“Jamm” foi editado o ano passado, tendo sido apontado pela crítica como um dos melhores álbuns de “world music” do ano. À Lusa o músico afirmou que o álbum “reflecte vivências musicais, com uma matriz pan-africana”.
Filho de senegaleses emigrados no Burkina Faso “antes da independência em 1960”, Cheik Lô afirma-se senegalês “mas sentindo todas as trocas musicais, de uma zona culturalmente muito rica”, às quais acrescenta “sons do mundo, desde Cuba ao jazz, que tem uma base africana”.
“‘Jamm’ é um álbum multicor, reflexo da minha vida musical multifacetada, com o repertório que tenho experimentado em vários estilos e ideias musicais que ponho em prática, mas sem nunca esquecer a essência africana, o ritmo e a batida”, disse o músico.
Com Cheikh Lô (voz, guitarra e timbales) tocam Cheik Tidiane Tall (guitarra), Thierno Sarr (baixo), Khadim M’Baye e Samba N’Dokh (percussões), Wilfrid Zinsso (trombone e saxofone) e Ndiaye Badou (bateria).
Tal como aconteceu no primeiro dia em Sines, o músicosenegalês e a sua banda vão apresentar “um repertório que reflicta todas estas vivências musicais em que se cruza a música bantu com o jazz, a música cubana, os blues, o rap, o R&B e o reggae”.
Lô canta em francês e também em diferentes línguas bantu, que formam um ramo do grupo benue-congolês, que “se entende no Senegal, no Burkina Faso, no Mali e na Costa do Marfim”.
Referindo-se ao Músicas do Mundo, Cheik Lô afirmou tratar-se de “um grande festival” num país onde o “público é participativo e conhecedor”.
Fonte: Jornal de Angola