O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, denunciou, na terça-feira, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, a ameaça de um novo ciclo de guerras coloniais iniciado com o conflito na Líbia, em carta lida pelo seu ministro das Relações Exteriores, Nicolas Maduro.
“De imediato existe uma grave ameaça à paz mundial: um novo ciclo de guerras coloniais, que começou na Líbia, com o sinistro objectivo de dar um segundo fôlego ao sistema capitalista”, disse Nicolas Maduro na Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Hugo Chávez não participou na Assembleia-Geral por estar sob tratamento contra um cancro.
“Desde o 11 de Setembro de 2001, começou uma nova guerra imperialista que não tem precedentes históricos: uma guerra permanente”, destacou o representante de Hugo Chávez.“Porque motivo os Estados Unidos são o único país que semeia bases militares por todo o planeta? Porque motivo a ONU não faz nada para deter Washington? – perguntou Nicolas Maduro em nome de Hugo Chávez.
“Washington sabe que o mundo multipolar já é uma realidade irreversível. A sua estratégia consiste em deter, a todo custo, o progresso firme de um conjunto de países emergentes, negociando grandes interesses com os seus sócios para dar multipolaridade ao rumo que o Império deseja”, afirmou.
O representante de Hugo Chávez citou a intervenção militar da OTAN na Líbia contra o regime do coronel Muammar Kadhafi como exemplo de uma guerra para “recolonizar” e “se apoderar das riquezas” do país africano.
O Presidente perguntou “por que se concede uma cadeira na ONU ao chamado ‘Conselho Nacional de Transição’ líbio e não a Palestina”, disparou Hugo Chávez.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: AFP