A CGTP convocou um dia nacional de luta, para 1 de Outubro, data do seu 42.º aniversário, que deverá envolver greves, acções de rua e plenários nas empresas.
A decisão, tomada esta quinta-feira pelo Conselho Nacional da Intersindical, foi anunciada pelo secretário-geral, Arménio Carlos.
A CGTP reivindicou um aumento salarial de pelo menos 4% para 2013 e o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) para os 515 euros a partir deste mês.
Os aumentos salariais integram a proposta de “Política reivindicativa da CGTP para 2013”, que o Conselho Nacional da Intersindical aprovou hoje.
Os valores foram definidos tendo em conta o poder de compra perdido nos últimos anos, a inflação de 2012, que será de 2,6% segundo previsões do Banco de Portugal citadas pela CGTP, e o agravamento da carga fiscal sobre o trabalho. A CGTP reivindica um segundo aumento do salário mínimo, actualmente de 485 euros, para os 545 euros, a partir de Julho de 2013.
Arménio Carlos lembrou que o salário mínimo deveria ter sido fixado nos 500 euros em Janeiro de 2011, tendo em conta o que tinha sido acordado em sede de Concertação Social. “Mas o acordo não foi cumprido e, este ano, o SMN não teve qualquer actualização, por isso, reivindicamos este aumento”, afirmou.
Segundo o sindicalista, o aumento deve ser acompanhado pela redução dos custos de energia e dos combustíveis e da facilitação do financiamento das micro, pequenas e médias empresas.
A Intersindical defende ainda a aplicação de um programa de emergência de combate ao desemprego e o alargamento do subsídio social de desemprego para evitar que os desempregados sem protecção fiquem sem qualquer rendimento.
Para a CGTP, o aumento do desemprego justifica “a adopção de medidas de emergência” e, por isso, propõe um programa estruturado em quatro eixos. A central defende que as políticas económicas devem privilegiar o crescimento, o emprego e a coesão social, o combate ao desemprego, o estímulo à procura interna e o financiamento da economia e o reforço da protecção social.
Para evitar que os desempregados esgotem os subsídios de desemprego e fiquem sem rendimentos, a Intersindical considera ser “urgente o alargamento do subsídio social de desemprego”.
FONTE: Público