A falta de vigilantes e educadores sociais no Amboim, no Kwanza-Sul, condiciona o normal funcionamento dos centros infantil e de educação comunitária, lamentou, na segunda-feira, a chefe de secção da Família, Promoção, Antigos Combatentes e Assistência Social.
Graça Mendes disse que a realização de concursos públicos na província permitiu a admissão de 13 funcionários, entre os quais um técnico superior, mas que são precisos mais 16.
O baixo salário dos vigilantes e educadores sociais, afirmou, é desencorajante, o que torna difícil o recrutamento do pessoal.
“Estamos preocupados com esta situação, na medida em que parte do pessoal em serviço está a caminho da reforma”, referiu, frisando:
“Precisamos de mais pessoas para garantirmos o normal funcionamento dos centros e notamos o desinteresse das pessoas em ingressar nos nossos estabelecimentos porque os salários são pouco atractivos”. O município do Amboim tem a creche 1º de Dezembro, com 94 crianças, o centro infantil e de educação comunitária (CIC/CEC) da Aricanga, com 75, e o infantário do CIC/CEC da Boa Entrada, com 51.
Os centros, disse Graça Mendes, além de falta de vigilantes e de educadores sociais, têm outros problemas, sobretudo no tocante a berçários e alimentação e os infantários sobrevivem graças o apoio da direcção provincial da Assistência e Reinserção Social e das contribuições dos pais e dos encarregados de educação. O centro de formação feminina da Gabela, tutelado pela secção municipal da Família, Promoção da Mulher, Antigos Combatentes e Assistência Social, tem, de momento, 25 jovens, de ambos os sexos, a frequentar aulas de informática, cinco de corte e costura e 12 de inglês.
O centro, que tem três formadores, dispõe de 16 computadores.
Assistência social
Graça Mendes disse que a instituição que dirige presta assistência, no município do Amboim, a 246 pessoas, entre antigos combatentes e veteranos da pátria, viúvas e órfãos de guerra.
Os apoios consistem em pensões e alimentação, por intermédio da direcção provincial da Assistência e Reinserção Social.
Relativamente a violência doméstica, afirmou que foram registados, no primeiro semestre, 37 casos relacionados, sobretudo, com fuga à paternidade, ofensas corporais, abandono de lar e incumprimento de mesadas.
Apesar destes casos, Graça Mendes disse estar optimista devido à aprovação da lei contra a violência doméstica e reiterou a importância de dar continuidade às campanhas de sensibilização sobre o assunto junto das famílias.
Fonte: Jornal de Angola