A cooperativa dos pescadores da vila piscatória do Tômbwa, 93 quilómetros a sul do Namibe, conta desde a semana passada com o centro de apoio à pesca artesanal, uma obra construída de raiz e orçada em cerca de 600 milhões de kwanzas.
O coordenador nacional do projecto de construção das infra-estruturas pesqueiras, Carlos Neto, salientou que o empreendimento integra uma área de formação, outra administrativa, uma parte produtiva, que tem um sistema para processamento, secagem do peixe e de frio, contando esta última com uma câmara com capacidade para cinco toneladas por dia e outra câmara de conservação com seis toneladas.
Tem também a parte técnica para reparação de motores e uma ponte cais com 30 metros e quatro barcos. Uma sala de alfabetização para 50 formandos, assim como um minimercado de peixe que vai alojar 60 vendedores e pescadores.
O ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Afonso Pedro Canga, que procedeu à entrega da estrutura física, frisou que o Executivo pretende melhorar as condições de vida das populações, criando espaços adequados o exercício do trabalho.
Esse empreendimento vai contribuir para que os pescadores artesanais e não só, aqueles que se dedicam à venda de peixe, possam ter um lugar para preparar e vender o peixe, mas também para aprender, porque esse centro tem condições para ensinar. “No entanto, cuidem desse centro e beneficiem dele para que amanhã possam aumentar os vossos rendimentos,”apelou.
O centro conta com o concurso de técnicos que vão apoiar os pescadores, comerciantes, vendedores de peixe, mas também vai ensinar aquelas pessoas que têm dificuldades de ler e escrever, para poderem discutir com os compradores e fazer bem as contas, para evitar que sejam enganados.
O ministro da Agricultura, que agradeceu ao governo da província do Namibe pela dedicação e apoio que tem dado ao sector das pescas, reconheceu que o povo do Tômbwa tem sabido resistir, não obstante as dificuldades que enfrenta.
Afonso Pedro Canga procedeu ainda à entrega de equipamentos de pesca, como motores de bordo, linhas e bidões.
Considerou de positivo e animador o balanço da visita de 48 horas, na semana passada, ao Namibe, e constatou que a unidade de produção de sal, “ Sal do Sol”, que teve dificuldades aquando das chuvas e recebeu apoio institucional.
João Upale| Namibe
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Afonso Costa