Para Francisco Rodrigues dos Santos, a entrevista de António Costa ao Expresso não foi mais do que uma tentativa de resgate político da ministra do Trabalho e Segurança Social.
O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, acusou o primeiro-ministro, António Costa, de querer aplicar a lei da rolha à Ordem dos Médicos.
COSTA DESACREDITA RELATÓRIO SOBRE REGUENGOS: “ORDENS NÃO EXISTEM PARA FISCALIZAR O ESTADO”
O primeiro-ministro admitiu que a capacidade de resposta dos lares à pandemia da Covid-19 é insuficiente.
Em relação ao relatório sobre o surto no lar de Reguengos de Monsaraz, que fez 18 mortos, António Costa disse que a Ordem dos Médicos foi além das suas competências legais.
“Ordens não existem para fiscalizar o Estado”, salientou o chefe de Governo, numa entrevista ao Expresso.
CDS ACUSA ANTÓNIO COSTA DE SER ARROGANTE
O CDS acusou o Governo de ser arrogante, por não apurar responsabilidades políticas nas mortes nos lares e por não pedir desculpas às famílias das vítimas.
“Esperava-se de António Costa que apurasse responsabilidades políticas pelos erros cometidos, apontasse a porta da saída à sua ministra e que no mínimo pedisse desculpas às famílias que perderam entes queridos pelas falhas grosseiras do Estado. António Costa não fez nem uma coisa, nem outra, o que é revelador da arrogância com que o PS governa”
Francisco Rodrigues dos Santos disse que o primeiro-ministro, na entrevista ao Expresso, esteve mais preocupado em defender a ministra da Segurança Social, do que em apresentar um plano seguro para os idosos.
Além disso, criticou António Costa por desvalorizar o relatório da Ordem dos Médicos sobre as mortes no lar de Reguengos de Monsaraz e acusou-o de “má convivência democrática com a realidade e com os médicos”.
ORDEM DOS MÉDICOS ACUSA PRIMEIRO-MINISTRO DE ABRIR UMA GUERRA
António Costa criticou o papel da ordem no inquérito ao lar de Reguengos de Monsaraz. Na reação, o bastonário da Ordem dos Médicos acusou o primeiro-ministro de querer abrir uma guerra com os profissionais.
O bastonário disse que as declarações de António Costa causaram mal-estar no setor. Miguel Guimarães aconselhou mesmo calma e prudência ao chefe de Governo.