O presidente cubano, Raul Castro, pediu ontem à Assembleia Nacional a aprovação de reformas na economia cubana propostas pelo governo.
O plano de reformas vai permitir que, pela primeira vez em 50 anos, os cubanos adquiram propriedades e abram pequenos negócios, e vai permitir também a eliminação de um milhão de empregos no sector público.
Raul Castro tem defendido reformas que possibilitem a criação de um mercado livre limitado desde que subiu no poder em 2008.
Em Abril, o Congresso do Partido Comunista Cubano aprovou 313 reformas, que incluíam a suavização de leis sobre viagens ao exterior e a abertura de pequenos negócios. De acordo com os planos da reforma, o país vai autorizar a propriedade privada e permitir que os cubanos comprem qualquer viatura com o seu dinheiro. A propriedade privada foi severamente restringida na ilha desde o triunfo da revolução em 1959. As leis propostas são parte de uma reforma na economia cubana. O jornal Granma, órgão de informação do Partido Comunista Cubano publicou há semanas detalhes dos planos das novas leis, previamente discutidas pelos membros do governo.
De acordo com estas leis, que devem ser aprovadas na totalidade no fim do ano, os cubanos poderão vender as suas casas. Sob o sistema actual, os cubanos podem trocar casas, mas, oficialmente, não pode haver troca por dinheiro.
Os cubanos vão continuar a ter apenas uma casa e a venda de casas será taxada, mas a medida tem como objectivo amenizar a grave falta de habitações na ilha.
O Granma afirmou ainda que a proibição à venda de carros imposta pela revolução também vai ser revogada para permitir que os cubanos comprem e mantenham qualquer carro que queiram.
Fonte: Jornal de Angola