A candidata à liderança da União Democrata-Cristã (CDU) Annegret Kramp-Karrenbauer, aliada da chanceler alemã, afirmou hoje que uma era chega ao fim com o afastamento de Angela Merkel, mas que o seu legado não pode ser revertido.
Referida nos ‘media’ alemães como ‘AKK’ e por vezes apelidada “mini-Merkel” ou “Merkel II”, Kramp-Karrenbaue, candidata à sucessão da líder social-democrata no Congresso que se reúne em dezembro, afirmou hoje, numa conferência de imprensa em Berlim, que os alemães “devem agradecer-lhe muitas coisas”.
Angela Merkel, há 13 anos chefe do Governo alemão e há 18 líder da CDU, anunciou no final de outubro que não se recandidata à liderança do partido conservador alemão (centro-direita), no congresso previsto de 7 e 8 de dezembro, em Hamburgo (norte) mas que se mantém na chefia do governo até 2021.
“Esta era está a terminar. Uma era assim não pode continuar indefinidamente, mas também não pode ser revertida”, disse.
“Hoje, é claro (…) que se deve agradecer muitas coisas a Angela Merkel”, disse Kramp-Karrebauer, secretária-geral do partido desde fevereiro, assumindo que vai seguir os passos da chanceler.
A dirigente disse querer abrir “um novo capítulo” na continuidade, enquanto os seus principais adversários na corrida à liderança, Friedrich Merz e Jens Spahn, querem claramente virar uma página, o primeiro evocando “uma renovação”, o segundo “um novo começo”.
Kramp-Karrebauer fixou como prioridades a segurança, a prosperidade económica, o relançamento do projeto europeu e o digital. (Notícias ao Minuto)
por Lusa