A administração do município de Muconda, Saurimo, está a realojar 40 famílias angolanas regressadas da República Democrática do Congo, disse o seu chefe de repartição social.
Isaac Salumuanga salientou que o realojamento é feito de acordo com a escolha dos repatriados e das áreas de proveniência.
Os repatriados utilizaram como ponto de entrada no país os postos fronteiriços da comuna do Chiluange, na Lunda-Sul, e do Luau, no Moxico.
Até Junho está previsto que 60 mil refugiados em países vizinhos entrem em Angola.
O ministro da Assistência e Reinserção Social afirmou, recentemente no Moxico, que na primeira fase, iniciada no segundo semestre de 2011, foram repatriados quatro mil angolanos, 1.500 dos quais provenientes da República Democrática do Congo, 2.400 da Zâmbia, 29 do Botsuana e seis da Namíbia.
Estes refugiados foram transportados para as zonas de origem: 5.200 para o Moxico, 900 para o Huambo, 200 para o Bié, 1.300 para o Zaire, 300 para o Kuando-Kubango, cem para Benguela, 23 para Luanda e seis para o Cunene.
João Baptista Kussumua afirmou que nos centros de trânsito estão a ser criadas condições de alimentação e de inserção das crianças no sistema de ensino e instalados serviços de registo gratuito e de saúde para a segunda fase que recomeça em Fevereiro.
No âmbito das convenções internacionais, de acordo com os procedimentos das Nações Unidas, a cláusula que protegia o refugiado angolano perde a vigência em Junho.
Formação no Uíge
Um círculo de formação em língua portuguesa, promovido pelo Ministério de Assistência e Reinserção Social, em colaboração com a Organização Internacional para a Migração, está a ser ministrado, na cidade do Uíge, a 270 regressados da República Democrática do Congo.
A formação começou em Setembro em simultâneo nos municípios do Uíge e Maquela do Zombo.
Este ano, devem chegar à província 12.848 angolanos, no âmbito do repatriamento organizado.
O chefe do departamento do Ministério da Reinserção Social, Simão António, disse que estão criadas as condições nos municípios do Uíge, Damba e Maquela do Zombo.
Fonte: Jornal de Angola