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    Cabo Verde: Produtores de queijo com dificuldades na colocação do produto no mercado nacional – associação de classe

    (inforpress.publ.cv)
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    Porto Novo – Os produtores do queijo tradicional no Porto Novo, em Santo Antão, estão a enfrentar “muitas dificuldades” na colocação do produto no mercado turístico nacional, admitiu hoje a Associação dos Criadores de Gado deste concelho santantonense.

    Os produtores do queijo tradicional, segundo o presidente da Associação dos Criadores de Gado do Porto Novo, Romeu Rodrigues, têm enfrentado “muitas dificuldades” na colocação no produto no mercado turístico nacional, situação que, a seu ver, se deve a dificuldades de transporte e à falta de uma organização de apoio.

    Daí a intenção da classe em avançar para a criação, agora em 2014, de uma cooperativa, que se encarregará da embalagem e comercialização desse produto, projecto que se insere no âmbito do programa de pecuária familiar no Porto Novo, financiado pela cooperação japonesa, em dez mil contos.

    O projecto de pecuária familiar, que já conta com 40 criadores de gado, enquadra-se no programa de melhoramento de raças em Cabo Verde, que está ser implementado pelo Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR).

    O presidente da Associação dos Criadores de Gado do Porto Novo disse à Inforpress que acredita que a criação dessa cooperativa vai trazer “muitos benéficos” aos produtores do queijo tradicional portonovenses, que enfrentam “muitas dificuldades” a nível de mercado.

    Um grupo de criadores de gado foi, em Novembro, contemplado com kits de matérias de produção do queijo, o apoio que, segundo o delegado do MDR no Porto Novo, Daniel Xavier, representa “mais um passo” para se conseguir a tão desejada qualidade do queijo que se produz neste concelho, visando a competitividade do produto no mercado turístico nacional.

    Daniel Xavier tem defendido a “união” dos produtores de queijo no Porto Novo com vista à criação dessa cooperativa para actuar, sobretudo, na vertente comercialização, considerando como sendo fundamental que “a classe se una em torno de uma organização que cuide da comercialização do queijo, com marca Porto Novo”, no mercado turístico cabo-verdiano.

    “Precisamos de um produto competitivo no mercado nacional. Isso só será possível com a organização “, sublinhou aquele responsável.

    O queijo tradicional que se produz no Porto Novo, mais precisamente no Planalto Norte, recebeu em 2007 a chancela de património mundial do gosto, atribuída pela Fundação Slow Food, com sede em Itália.

    Existem, neste concelho santantonense, duas fábricas de queijo. Uma na cidade do Porto Novo, que não funciona, desde Agosto último, devido a problemas financeiros, e a outra, na zona de Bolona, no Planalto Norte, encerrada em Novembro de 2011, por alegada “falta de sustentabilidade”.

    Porém, o Governo de Piemonte (Itália) já disponibilizou um financiamento de 21 mil euros (cerca de 2.300 contos) que vai possibilitar à reabertura, agora em 2014, da fábrica de queijo de Bolona, que passará a produzir, além do queijo, também iogurtes.

    Esse financiado destina-se, igualmente, a apoiar um grupo de 20 criadores de gado do Planalto Norte na melhoria das condições de produção do queijo tradicional. (inforpress.publ.cv)

    JM

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