O preço da gasolina subiu 10,11 por cento na terça-feira, em Cabo Verde, atingindo o valor mais alto desde que a Agência de Regulação Económica (ARE) passou a actualizar trimestralmente a tabela de venda dos combustíveis, apurou a PANA, na cidade da Praia, junto desta instituição reguladora.
Também o preço do gasóleo, um dos combustíveis mais utilizados no arquipélago, sobretudo pelos transportes públicos, aumentou 4,76 por cento em relação à tabela anterior, definida pela ARE em Fevereiro. Com a entrada em vigor da nova tabela, o preço máximo do litro da gasolina passa a ser de 192,80 escudos cabo-verdianos (1,74 euros), contra os 175,10 escudos (1,58 euros) anteriores, enquanto o gasóleo sobe de 128,20 escudos (1,16 euros) para 134,30 escudos (1,21 euros).
Os actuais preços ultrapassam os registados para a gasolina a 8 de Junho de 2011 (179,30 escudos ou 1,62 euros) e para o gasóleo a 5 de Setembro de 2008 (132 escudos ou 1,19 euros), que até esta altura eram os mais elevados de sempre em Cabo Verde, por litro de combustível. Os restantes combustíveis também sofreram aumentos muito significativos e que se situam entre os 4,19 e os 6,86 por cento.
Na mesma linha ascendente está o preço do gasóleo para a Marinha Nacional, que passou a ser comercializado a 100 escudos, quando antes era vendido a 94,90 escudos.
O preço do fuel 380 aumentou de 72,90 escudos para 77,90 e o fuel 180 de 80,70 para 85,80 escudos.
O gás butano passou a ser vendido a granel por 174,20 escudos o quilo, com as garrafas a custarem 497 escudos, 1.045 escudos e 2.178 escudos, respectivamente, para três, seis e 12,5 quilos, sendo esta última a mais utilizada pelas donas de casa.
Por seu turno, a botija de 55 quilos, utilizada sobretudo na restauração, é comercializada agora a 9.583 escudos.
Para justificar este aumento dos preços, a ARE citou dados publicados no “Platts European Market Scan & LPGasWire”, segundo os quais os meses de Fevereiro e Março de 2012 continuaram a registar uma persistente escalada em alta dos preços de todos os produtos petrolíferos (cotados em dólar americano por tonelada), com maior destaque para a gasolina, que atingiu os valores mais altos desde 2008.
