As empresas devem captar talentos nas diferentes áreas do conhecimento científico nas universidades, passando experiência aos recém-formados através de seminários, para que consigam enquadrar-se no mercado de trabalho. Este ponto de vista foi manifestado numa conferência realizada esta semana, por iniciativa da empresa internacional de consultoria Accenture e o jornal “Expansão”.
A conferência, designada “Os novos desafios da liderança e gestão de talentos”, apontou também para a necessidade de as universidades estabelecerem acordos com as empresas, para que os finalistas realizem estágios, que culminam com o seu enquadramento profissional.
A conferência teve como oradores António Henriques da Silva, presidente do Conselho de Administração (PCA) da TPA, Emídio Pinheiro, presidente da Comissão Executiva do BFA, Fernando Assunção, PCA da Mundial Seguros e o director-geral da Sociedade Mineira de Catoca, José Ganga Júnior,
O responsável da área de talentos e organização em África, Europa, Médio Oriente e América Latina da Accenture, Diego Sánchez Léon, foi o orador principal e definiu o talento como uma questão relevante em qualquer negócio.
Diego Sánchez Léon deixou recomendações para os executivos e líderes de organizações e instituições, apontando a responsabilidade, humildade, competitividade económica, flexibilização e a liderança, como chaves do sucesso na gestão de talentos nas empresas.
O ministro da Economia, Abrãao Gourgel, disse, ao discursar na sessão de encerramento do encontro, que o Executivo angolano reconhece o sector privado como motor do desenvolvimento, mas também admite que está dependente das qualidades dos gestores, dos recursos humanos e do capital humano, que é um factor decisivo para o desenvolvimento de qualquer país.
Carlos Rosado, moderador da conferência, disse que, em algumas empresas e sectores, assiste-se a uma flagrante falta de talentos. A solução passa pelo melhoramento da qualidade do ensino. “Uma das soluções a curto prazo é as empresas incorporarem imigrantes que tragam valor acrescentado e ajudam o país a crescer”, considerou.
O director da Accenture, Carlos Moutinho, declarou, por seu turno, que a sua empresa aposta na formação de jovens em auditoria, contabilidade e acessoria, com base no critério de os tornar competitivos.