O Interclube consentiu o seu terceiro empate no presente Girabola. Ontem, diante do FC Bravos do Maquis, em casa, a equipa ficou pela repartição de pontos (1-1), numa partida marcada por duas partes distintas. A primeira teve o domínio dos maquisardes e a segunda dos polícias que tiveram de correr atrás do prejuízo.
O golo madrugador de Chole, aos 7´, deixou claro quais eram as intenções da equipa de João Machado no jogo. O avançado maquisarde tirou bem as medidas a Mário que foi traído pelo seu golpe de vista. O guarda-redes acompanhou a trajectória da bola quando devia fazer-se ao lance. Daí para frente o desafio aqueceu. As duas equipas procuravam chegar o mais rápido possível à baliza adversária, com jogadas bem definidas, mas sempre faltando o acerto no último toque. Os dois técnicos mantinham-se de pé a dar ordens aos seus jogadores, mas aos poucos foram os visitantes com maior sinal de perigo.
Ainda assim, os polícias quase marcaram aos 20´, num lance isolado, Paty fez um chapéu a Moche e quando se esperava pelo golo a bola bateu caprichosamente no poste esquerdo. Ninguém contava com este desperdício. Três minutos depois coube ao adversário responder e Chole esteve bem perto de marcar, depois de uma grande hesitação dos defesas do Interclube. Do lado do FC Bravos do Maquis, Jorginho e Chole davam nas vistas, fazendo tremer o último reduto da formação orientada por António Caldas. Os visitantes provaram por que razão estão na liderança do campeonato, mostrando um futebol alegre, trocando a bola com bastante segurança, também, diga-se isso, com alguma permissão da equipa da casa.
Aos 33´, aconteceu a primeira contrariedade para a equipa do Moxico. João Machado viu o seu melhor marcador sair lesionado, após uma disputa de bola com um defesa contrário. Para o seu lugar entrou Danilo. A jogar em casa os polícias demoravam a despertar. A equipa quase que não encontrava mecanismos para contrariar a bem montada estratégia montada por João Machado. Somente em alguns lances esporádicos os pupilos de António Caldas chegavam à baliza de Moche.
GOLÃO DE CASTRO
No reatamento a equipa da Polícia entrou com disposição para mudar o rumo dos acontecimentos. Chegou a sufocar o adversário no seu último reduto e criou a ideia de o golo era uma questão de tempo. Foi assim que numa jogada de ataque continuado Hernâni cruzou para recepção de Castro com o pé esquerdo e com o direito rematou em grande estilo para o fundo da baliza de Moche, aos 54´. Depois do empate António Calda arriscou mais, pressionou o adversário e lançou para o relvado Moco, uma das suas melhores unidades no ataque. A entrada do jovem avançado foi bastante produtiva, cheirou o golo em algumas ocasiões, mas os seus remates batiam nas pernas dos defesas.
DECLARAÇÃO DOS TÉCNCOS
António Caldas =Interclube
“Entrámos bem no jogo”
“Entrámos bem no jogo, mas no primeiro remate que o adversário fez à nossa baliza, marcou o golo. A partir daí o Intercube dominou o jogo, criou inúmeras oportunidades para marcar, mas infelizmente não conseguiu finalizar. Na segunda parte entraram jogadores mais ofensivos, tivemos o mesmo comportamento da primeira parte e foi assim que chegámos ao golo do empate. O Maquis defendeu bem e saía rápido para o contra-ataque. Por outro lado, desejo rápidas melhoras ao meu colega do Petro de Luanda pelo seu estado de saúde”.
João Machado =FC do Maquis
“Conseguimos o objectivo”
“Eu tinha dito antes que vinha para este jogo com o objectivo de conquistar os três pontos. Apesar de tudo é um resultado justo, mas se nós tivessémos marcado mais um ou dois golos não seria espanto para ninguém. A saída do Chole enfraqueceu a equipa e depois alguns jogadores acusaram quebra física, mas conseguimos o objectivo que era pontuar. Foi um jogo bem disputado e estou satisfeito com a maneira como os meus jogadores enfrentaram o adversário”.
Melhor em campo
Classe de Jorginho
O avançado do FC Bravos do Maquis jogou e fez jogar a sua equipa. Foi o grande maestro das jogadas ofensivas dos maquisardes e chegou a causar grandes dores de cabeça à defesa dos polícias. Jorgiho e Choile trasforaram-se em “pesadelo” para os caseiros, mas a saída do segundo, por lesão, fez com que o brasileiro brilhasse mais. Mostrou bom toque de bola e quase marcou, não fosse a sua displecência diante de Mário. O número 26 provou os motivos da sua contratação para esta época pela formação do FC Bravos do Maquis.
Arbitragem
Bom trabalho
Partindo do princípio de que a perfeição não existe, o trabalho do juiz não foi positivo a cem por cento, mas esteve a altura do desafio. Exibiu o cartão amarelo porque os infractores mereceram, mas perdoou algumas jogadas de parte a parte. O ritmo do jogo exigiu uma boa condição física a Paulo Talaya que soube acompanhar de perto as jogadas. No primeiro tempo admoestou quatro jogadores com a cartolina amarela, sendo dois de cada lado. Com a excepção de Jorginho e Castro, que simularam penalties, os restantes atletas foram castigados por jogo perigoso. No segundo tempo castigou mais algus joogadores, mas em nalguns lances aplicou a dualidade de critério, favorecendo mais a equipa da casa.
Fonte: JD