As ações chinesas registaram os seus maiores ganhos diários em 16 anos na segunda-feira, com as ações domésticas A atingindo a sua maior cotação de sempre, enquanto os investidores corriam para se juntar a uma forte recuperação desencadeada pela mais recente série de medidas de estímulo de Pequim.
O índice blue-chip CSI300 subiu quase 30% face ao seu mínimo de fevereiro, o que, segundo algumas definições de mercado, sugere que se encontra num mercado em alta, mas muitos dos ganhos aconteceram muito rapidamente e ao longo de algumas sessões desde a semana passada.
Muitos traders, receosos de perder a recuperação antes do feriado de uma semana que começa na terça-feira, ajudaram a elevar o índice CSI300, estendendo o seu ganho de cinco dias para mais de 25% – o mais forte alguma vez registado.
O índice mais amplo Shanghai Composite, entretanto, registou um volume de negócios total de 1,17 triliões de yuans (166,84 mil milhões de dólares) e cresceu 8,1%.
Isto elevou os ganhos de cinco dias desde a passada terça-feira, quando Pequim começou a implementar medidas de estímulo para conter a desaceleração da economia em geral, para 21,4%, o mais acentuado desde 1996.
A forte subida das ações chinesas ocorreu na sequência das medidas de estímulo mais agressivas anunciadas por Pequim na semana passada desde a pandemia – que vão desde cortes exagerados das taxas até apoio fiscal – numa tentativa de reforçar a sua economia em dificuldades.
Particularmente como um impulso às acções, o Banco Popular da China (PBOC) introduziu também duas novas ferramentas para reforçar os mercados de capitais, uma das quais inclui um programa de swap que permite aos fundos, seguradoras e corretores um acesso mais fácil ao financiamento para a compra de acções.
Isto fez renascer um sentimento positivo nas ações chinesas, que estavam em queda e que se tinham mantido perto dos mínimos de vários anos até ao início deste mês, enquanto os investidores se preocupavam com as perspetivas de crescimento da China.
