O bispo da Igreja Metodista Unida da conferência anual do leste de Angola, José Kipungo, defendeu hoje, em Malanje, a necessidade de se construir mais infra-estruturas escolares e sanitárias nos municípios que compõem as regiões da baixa de Kassanji (Massango, Quela, Kunda dia Base, Kiwaba Nzoji, Marimba e Xá-Muteba, esta última na Lunda Norte), com vista a honrar os mártires da repressão colonial.
Falando por ocasião das comemorações do 51º aniversário do Dia dos Mártires da Repressão Colonial, o bispo mostrou-se preocupado pelo facto de não serem ainda desenvolvidas acções de relevância que visam homenagear os heróis da baixa de Kassanji.
José Kipungo, que também é sobrevivente do 4 de Janeiro, disse sentir-se orgulhoso por fazer parte desta revolta e por ter participado na aprovação da data.
Explicou que a luta de libertação nacional teve o seu início na baixa de Kassanji, permitindo a população a se organizar e partir para a liberdade.
“ O dia dos mártires é para o povo angolano uma data de transcendente importância, 51 anos são passados desde que os trágicos acontecimentos sucederam na Baixa de Kassanje, onde milhares de homens, mulheres e crianças foram barbaramente mortos pela aviação colonial portuguesa”, reforçou.
Informou que os camponeses foram mortos por reivindicarem os seus direitos de liberdade e sobrevivência.
Fonte: Angop