O ministro da Geologia e Minas e Indústria, Joaquim David, inaugurou ontem, em Benguela, cinco unidades fabris, que vão produzir bens e equipamentos para o mercado interno. “Alguns empreendimentos inaugurados são exemplo do que é possível fazer em tempo de paz, em que as condições de infra-estruturas de comunicação, energia e água vão sendo satisfeitas”, disse o ministro em declarações à imprensa.
O surgimento de mais indústrias “é um sinal do regresso da prosperidade do povo angolano, o que representa também um passo em frente no progresso económico de Angola”.
Joaquim David considerou a província de Benguela como o segundo parque industrial de Angola, embora tenha muitas fabricas que precisam de reabilitação. Mas o objectivo do Executivo é fazer mais do que reabilitar: “olhamos para a nossa realidade e num misto de reabilitação e fazer novo, vamos preencher as lacunas do momento. As indústrias que inauguramos hoje foram construídas de raiz e respondem às necessidades concretas do país”, sublinhou o ministro Joaquim David.
Relativamente à empresa África Têxtil, em Benguela, a Satec, no Kwanza-Norte e à Textang II em Luanda, o ministro assegurou que o processo de reabilitação das unidades fabris corre a bom ritmo.
O ministro começou por inaugurar a Ferpinta, uma fábrica que está implantada em Angola desde 1997. Com duas unidades fabris em Luanda e uma em Benguela, a empresa pretende efectivar a sua expansão em todo país nos próximos tempos, conforme disse Pedro Delgado, director-geral daquela unidade fabril. “Queremos fomentar a nossa produção através do investimento. Vamos também alargar a nossa rede comercial a todo o país”, referiu.
A produzir tubo de aço de todos os tamanhos e formas geométricas, chapas de zinco e alfaias agrícolas, a Ferpinta tem uma linha de montagem de cisternas e carroçarias. A fábrica tem uma capacidade de produção de dez mil toneladas por ano e conta actualmente com 37 empregados. No projecto na província de Benguela, a Ferpinta investiu 1,5 milhões de dólares.
O ministro Joaquim David inaugurou também a fábrica de derivados de asfalto e betumes modificados, a EBM, que projecta uma produção de 15 mil toneladas anuais. A EBM investiu três milhões de dólares.
Com máquinas de alta tecnologia e um centro de controlo de qualidade, conta com 15 trabalhadores e produz betumes de toda a espécie e emulsões betuminosas modificadas e especiais.
Mercado nacional
O director-geral da EBM, Juan Flores, disse que com a instalação da fábrica em Benguela é possível responder às necessidades do mercado nacional: “queremos garantir produtos com qualidade e soluções para estradas e aeroportos”.
O ministro Joaquim David inaugurou igualmente a fábrica de fraldas descartáveis para bebés da empresa Cláudia Lima e Lourenço, que tem capacidade para produzir seis milhões de unidades anuais, num investimento de 1,620 milhões de dólares. Conta com 32 trabalhadores.
No segmento da indústria alimentar, Joaquim David inaugurou a fábrica de biscoitos Tuti Angola, com uma capacidade de produção de 200 mil quilos por ano e criou 42 postos de trabalho, num investimento de 2,5 milhões de dólares.
O ministro Joaquim David inaugurou uma fábrica do Grupo Mega Carloton Angola, que vai produzir 300 unidades de estruturas metálicas pré-fabricadas e chapas de zinco, num investimento que ronda os cinco milhões de dólares.
Com as cinco unidades industriais foram criados 140 postos de trabalho directos, num volume de investimento de 13,6 milhões de dólares.