Ainda não nasceram, continuam no útero da mãe, mas já estiveram numa sala de operações. Semanas antes da data prevista para o nascimento, os dois bebés, que tinham espinha bífida, foram operados por uma equipa de 30 médicos do Hospital Universitário de Londres.
Embora a espinha bífida, que implica um defeito na formação do tubo neural, seja frequentemente tratada depois do nascimento, quanto mais cedo a intervenção for feita maior é a eficácia e os benefícios para a saúde a longo prazo.
A intervenção traz, ainda assim, um risco de nascimento prematuro. A operação de 90 minutos em que os médicos abrem o útero da mãe e reparam o defeito na medula espinal do bebé estreou-se no Reino Unido neste Verão.
“Sedámos a mãe para ajudar a relaxar os bebés, mas ainda assim há um risco”, afirmou à BBC a professora do hospital universitário Anne David, que nos últimos três anos tem trabalhado para levar esta operação ao Reino Unido, onde de acordo com a instituição de caridade Shine todos os anos mais de 200 crianças nascem com espinha bífida.
“Há crianças que cresceram depois da cirurgia fetal que [hoje] andam e não se esperaria que andassem se não tivessem sido operadas”. (Jornal de Angola)