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    Banco Económico entregou plano de reestruturação ao banco central

    BNA já está a analisar o plano, ao qual terá de dar luz verde para que o Banco Económico possa continuar a operação numa altura em que é um dos mais afectados pelo crédito malparado

    A administração do Banco Económico entregou esta semana ao Banco Nacional de Angola (BNA) o plano de reestruturação que visa transformar os depósitos dos maiores depositantes em capital do banco, segundo apurou o Expansão.

    Este plano estava mais ou menos já alinhavado com o banco central e inicialmente tinha de ser entregue formalmente ao BNA até 22 de Novembro, mas de acordo com o governador do supervisor bancário, José Massano, a instituição solicitou uma moratória para adiar a entrega do documento, prazo que findou esta semana.

    Assim, ao que o Expansão também apurou, o BNA já está a analisar o documento, ao qual terá de dar “luz verde” para que a instituição possa continuar as suas operações. Por se tratar de um banco sistémico do sistema financeiro nacional, o banco central tem sido permissivo a várias irregularidades, como o facto de não apresentarem contas desde o III trimestre de 2019.

    Bastante afectado pelo crédito malparado e pelos efeitos da reavaliação dos activos operada pelo banco central a pedido do FMI, para resgatar o ex-Banco Espírito Santo Angola (BESA) são agora necessários 1,1 biliões Kz. Segundo avançou em Novembro o governador do BNA, este aumento do capital próprio será feito por duas vias: converter em capital por via negocial os depósitos dos depositantes com saldo igual ou superior a 3 mil milhões Kz; transformar em capital um empréstimo subordinado que o português e também accionista Novo Banco fez ao Económico, que vale hoje cerca de 340 milhões USD.

    Por se tratar de um empréstimo subordinado, o Novo Banco “não tem outro remédio senão acatar a decisão” do BE, admite uma fonte do sector. O Expansão ainda apurou, entre os maiores depositantes estão o empresário e antigo político António “Toninho” Van-Dúnen, o general “Dino”, bem como empresas por si participadas (GENI, entre outras), a empresa da advogada Ana Paula Godinho, António Pitra Neto, uma empresa de Álvaro Sobrinho (Alva Ventures, SA).

    Não foi possível apurar, pelo menos por agora, quais aceitaram a proposta da administração. Há também empresas públicas nesta lista de depositantes, mas este resgate não contempla a utilização de capitais públicos.

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